Depois de sete meses de investigações, o Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, cumpre nesta terça-feira, 18 mandados de busca e apreensão e sete de prisão preventiva em mais de dez municípios gaúchos. A Operação Conexion, desencadeada pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal a partir de denúncias recebidas sobre a suposta existência de um cartel que seria formado por empresas do ramo da coleta do lixo, conta com o apoio da Brigada Militar e do Ministério Público de Contas.
Os mandados foram cumpridos nesta manhã em Porto Alegre, Alvorada, Santo Antônio da Patrulha, Tramandaí, Torres, Novo Hamburgo, Igrejinha, Canela, Taquara, Carlos Barbosa, Paraí e Arroio do Meio, sob coordenação do promotor Ricardo Herbstrith. Conforme informações da Promotoria de Justiça Especializada Criminal do MP, um, grupo teria fraudado processos licitatórios e teria feito uma divisão do mercado de atuação de cada uma das empresas envolvidas. Dessa forma, os empresários teriam conseguido eliminar o caráter competitivo das licitações.
O grupo fundou, segundo a promotoria, a Associação Gaúcha das Empresas de Limpeza Urbana (Agelurb), sediada em Novo Hamburgo. No local, em reuniões mensais, o cartel organizava a divisão do mercado e determinava qual das empresas integrantes do esquema seria a vencedora da próxima licitação ou alvo de contratação emergencial por parte de alguma cidade. Entre as empresas que fariam parte do esquema estão, conforme o MP: MecaniCapina e WK Borges, de Porto Alegre; Onze Construtora e Urbanizadora, Brisa Transportes e Trans Ambiental, de Tramandaí; Geral Transportes, de Canela; Biomina e Camaro, de Taquara; Komac Rental, de Torres; Eco Limp, de Santo Antônio da Patrulha; Biasoto & Cia, de Carlos Barbosa, e Reciclagem Adeva, de Paraí.
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