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Polícia Federal

Operação de combate ao contrabando de cigarros mira o filho de ex-governador do RJ

Filho de Sérgio Cabral, José Eduardo se entregou na quinta-feira | Foto: Reprodução/Twitter

Os tentáculos do contrabando de cigarros, principal preocupação do setor de tabaco, estão cada vez mais extensos e envolvem até poderosos. Nesta semana, o empresário José Eduardo Neves Cabral, filho do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, foi preso após a deflagração da Operação Smoke Free.

A investigação da Polícia Federal apontou a existência de um grupo que opera a venda de cigarros produzidos em regiões dominadas por facções criminosas e milícias. O esquema, segundo o inquérito, contaria com um serviço paralelo de segurança formado por policiais militares e bombeiros e coordenado por um policial federal.

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Mandados foram cumpridos na quarta

A operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) foi realizada na quarta-feira, 23, mirando em uma suposta organização criminosa especializada em comércio ilegal de cigarros. De acordo com as investigações, o grupo teria causado prejuízos de cerca de R$ 2 bilhões à União por sonegação de impostos.

“O grupo econômico que suporta a organização criminosa investigada é devedor contumaz da União e possui débito tributário de, aproximadamente, R$ 2 bilhões, segundo informado pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional”, diz a PF.

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A 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro expediu 27 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão. Além dos mandados, ordens de bloqueio, sequestro e apreensão de bens, avaliados em cerca de R$ 300 milhões, foram emitidas. Dentre os ativos apreendidos estão imóveis, veículos de luxo, criptomoedas, dinheiro em espécie e valores depositados em contas bancárias, entre outros. Ao menos 300 policiais federais participaram da operação.

Batizada de Smoke Free, a operação da PF com o MPF contou com apoio da U.S. Homeland Security Investigations (HSI), por envolver supostos crimes transnacionais. De acordo com a investigação, iniciada em 2020, o grupo falsificava ou não emitia notas fiscais. Também depositava, transportava e comercializava cigarros em territórios dominados por facções e milícias, por meio de acordo entre estes grupos criminosos. Os investigados lavavam os recursos obtidos ilicitamente e os remetiam ao exterior, de forma irregular. Os crimes teriam sido cometidos entre 2019 e 2022.

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Ainda segundo a PF, a organização contava com uma célula de serviço paralelo de segurança, coordenada por um policial federal e integrada por PMs e bombeiros. Já segundo o MPF, os investigados podem responder pela prática de crimes de sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais e evasão de divisas. Se condenados, podem sofrer penas privativas de liberdade que, se somadas, alcançam o patamar de 66 anos de reclusão, sem contar com as causas de aumento de pena.

Alvo se entregou na PF

José Eduardo Neves Cabral foi preso preventivamente na quinta-feira, 24, ainda no âmbito da Operação Smoke Free. Conforme o Estadão, ele se apresentou na superintendência da Polícia Federal (PF) do Rio de Janeiro. Os policiais federais tentaram cumprir na quarta-feira o mandado de prisão expedido contra ele, mas não foi possível.

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Lava Jato

O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado a mais de 400 anos de prisão, por crimes investigados pelo braço fluminense da Operação Lava Jato. Está na cadeia desde 2016, mas a última prisão preventiva está em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Se cair, o político poderá voltar para casa. Conforme o Estadão, ele passou mal na cadeia quando soube da operação envolvendo o filho.

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