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Declaração

Operação Controle: presidente da Câmara de Vereadores foi acionada às 6 horas para abrir a sede

Foto: Guilherme Bica

Servidores aguardam acesso ao prédio do lado de fora no dia da op

A operação deflagrada nesta manhã pelo Ministério Público em Santa Cruz do Sul cumpre mandados de apreensão em diversos pontos da cidade. Entre eles, a Câmara de Vereadores. Além do vice-prefeito e secretários municipais, um vereador também é investigado. Conforme o MP, o núcleo político é chefiado por este vereador, que tem ligação com algumas empresas ao atuar como advogado delas. Os nomes dos envolvidos, além do vice-prefeito Elstor Desbessell, ainda não foram divulgados.

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Em frente à Câmara de Vereadores nesta manhã, a presidente da Casa, vereadora Bruna Molz, abriu as portas da sede ao Ministério Público. Nem ela nem servidores, no entanto, tiveram o acesso permitido às dependências da Câmara. “Não se sabe ainda, não temos muitas informações. A única informação que eu tenho é que o promotor Érico Barin me ligou às 6 horas da manhã, pedindo que a gente fornecesse a entrada no prédio”, disse.

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Dentro da sede do Legislativo, são cumpridos mandados de busca e apreensão. “A gente não pode condenar antes de ter provas. Mas sempre é muito difícil”, disse, lembrando o afastamento do vereador Paulo Lersch, em 2019, quando ela também era presidente da Casa. “Acredito na justiça, temos que esperar o devido processo legal para conhecer os culpados”, citou. Afirmou, além disso, que as devidas condutas dentro da Câmara serão tomadas após esse processo.

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A operação

A operação Controle, deflagrada pelo Ministério Público na manhã desta terça-feira, 14, em Santa Cruz do Sul, culminou no afastamento do vice-prefeito e Secretária de Saúde de Santa Cruz do Sul, Elstor Desbessell. Além dele, outros servidores municipais também foram afastados dos cargos públicos. Todos são suspeitos de envolvimento nos crimes investigados e por isso também há restrições patrimoniais aos investigados por fraudes em licitações, peculatos – desvios de valores públicos realizados por funcionários públicos – e lavagem de dinheiro.  A ação tem o apoio das Promotorias de Justiça do município e da Brigada Militar.

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Estão sendo cumpridas 139 ordens judiciais contra os investigados. São 46 mandados de busca e apreensão, bloqueios de bens e valores no total de mais de R$ 47 milhões, pagamento de fianças de aproximadamente R$ 1,4 milhão, indisponibilidade de 28 veículos e três embarcações, sequestro de 10 imóveis, afastamento das funções públicas de 10 agentes e proibição a seis empresas de contratarem com o Poder Público, entre outras medidas.

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