Municípios do Vale do Rio Pardo recebem ações no âmbito da Operação Alquimia, deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira, 22. A ação tem como finalidade desarticular uma organização criminosa cuja atividade principal é a falsificação, transporte e comercialização de agrotóxicos falsificados. Estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em quatro estados: Rio Grande do Sul, São Paulo (Ribeirão Preto), Mato Grosso (Sinop) e Bahia (Feria de Santana).
No Rio Grande do Sul, as ações são concentradas em Cachoeira do Sul, Cruz Alta e Ijuí, mas também há desdobramentos da operação em Santa Cruz do Sul, Candelária, Pantano Grande, São Borja, Santana do Livramento, Passa Sete, Joia, Bagé e Pejuçara, segundo a Polícia Civil. Não há informações sobre o número de mandados cumpridos no Estado.
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Em Ribeirão Preto, em São Paulo, são cumpridas 10 ordens judiciais. Também haverá bloqueio de contas e apreensão de veículos. Até o momento oito pessoas foram presas, cinco preventivamente e três em flagrante. Na ação, foram apreendidos defensivos agrícolas, produtos químicos, armas de fogo, munições, celulares, contratos de locação de imóveis e maquinários, notas promissórias, cheques e diversos documentos probatórios.
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Segundo a Polícia Civil, o grupo atua há anos no estado e tem como principal líder e fornecedor um homem que reside na cidade de Ribeirão Preto, local onde os produtos são “fabricados” e depois transportados para várias regiões do país, dentre elas o Rio Grande do Sul. No estado, esses produtos são armazenados em depósitos clandestinos nas cidades de Ijuí e Cruz Alta, de onde são repassados a integrantes da organização para serem negociados com os agricultores de outras regiões.
Para falsificar os produtos (de elevado valor de mercado) os criminosos utilizam-se de produtos químicos diversos sem qualquer controle ou cuidado relativos à aquisição, transporte, armazenamento e manipulação desses compostos, provocando danos ao meio ambiente e à saúde das pessoas, segundo a Polícia Civil. Além disso, o prejuízo econômico causado aos agricultores são consideráveis já que os produtos não apresentam eficácia quando aplicados nas lavouras. Alguns criminosos integrantes do grupo também possuem envolvimento com roubos a propriedades rurais e receptação de produtos. Há ainda envolvidos com a prática de contrabando.
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