A Polícia Civil desencadeou, na manhã desta segunda-feira, 25, a Operação Nosso Lar, para desarticular uma organização criminosa que vendia casas pré-fabricadas e não entregava aos clientes. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva e oito conduções coercitivas em Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo.
Na ação, realizada pela Delegacia de Polícia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro (DRLD) em conjunto com a 1ª Delegacia de Polícia de Canoas, nove pessoas foram presas e seis pessoas foram conduzidas coercitivamente. Vasta documentação foi apreendida, além de armas como uma submetralhadora de uso restrito e revólveres calibre .38.
Segundo o delegado Marcio Moreno, a operação pretende restituir às vítimas o prejuízo pelos golpes aplicados pela organização criminosa, que chega a mais R$ 500 mil. “A organização criminosa oferecia casas pré-fabricadas com valores baixos e facilidade do pagamento em parcelas, exigindo um determinado valor de entrada. Com este pagamento, eles não entregavam as casas, desviando os valores para a empresa fictícia”, conta o delegado.
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A investigação teve início em 2015 na 1ª Delegacia de Canoas e, de acordo com o delegado Thiago Bennemann, cerca de 80 famílias foram prejudicadas. Os criminosos criavam estruturas complexas com empresas de fachadas e buscavam pessoas que procuravam entregas rápidas. “Famílias davam carros como entrada e algumas derrubavam suas antigas casas para montarem as novas, que nunca receberam, ficando sem local para morar”, relata o delegado Bennemann.
Participaram da ação cerca de 60 policiais da capital e Região Metropolitana. Os presos, após os procedimentos legais, foram encaminhados ao sistema penitenciário.
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