Os novos prefeitos e equipes de governo que assumiram as administrações municipais na região no dia 1º de janeiro terão mais um desafio pela frente. Os números relativos ao Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) do Rio Grande do Sul de 2018, publicados pelo governo do Estado, mostram que apenas Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Mato Leitão, entre os 28 municípios do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra, aparecem na primeira metade do ranking do Rio Grande do Sul. Onze melhoraram a posição em relação a 2017: Candelária, Cerro Branco, General Câmara, Ibarama, Lagoão, Pantano Grande, Passa Sete, Passo do Sobrado, Sinimbu, Sobradinho e Venâncio Aires.
O estudo é promovido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, por meio do Departamento de Economia e Estatística. O Idese é um índice que tem por objetivo medir o grau de desenvolvimento dos municípios gaúchos, a partir de aspectos quantitativos e qualitativos quanto ao desenvolvimento nas áreas de Educação, Renda e Saúde. “O Idese é um indicador sintético e como tal permite ter o diagnóstico socioeconômico de todos os municípios e regiões do Estado. É um importante instrumento para qualificar as políticas de combate às desigualdades e para promover ações de desenvolvimento”, afirmou o subsecretário de Planejamento da secretaria, Antonio Cargnin.
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Entre os 497 municípios gaúchos, nenhum deles apresentou nível baixo de desenvolvimento socioeconômico, quando medido pelo Idese. No total, 455 cidades, que somam 70,72% da população gaúcha, são consideradas de desenvolvimento médio (índice entre 0,500 a 0,799), enquanto os demais 42 municípios somam 29,28% da população que vive em condições de desenvolvimento considerado alto (acima de 0,800).
Na região, apenas Santa Cruz do Sul apresenta condições de desenvolvimento consideradas altas. Todos os demais municípios estão na faixa de desenvolvimento médio. Por bloco de áreas, o melhor índice em Educação é de Vera Cruz (0,783) e o pior é de Vale Verde (0,594). Em Renda, o melhor desempenho pertence a Santa Cruz do Sul (0,836) e o pior a Passa Sete (0,435). Já no setor da Saúde, o melhor indicador é de Mato Leitão (0,877) e o pior, de Lagoão (0,775).
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Os cinco município gaúchos com melhores índices de desenvolvimento são, pela ordem, Carlos Barbosa (0,885), Água Santa (0,871), Veranópolis (0,863), Aratiba (0,858) e Guabiju (0,858). Nos anos anteriores, 2016 e 2017, o panorama era diferente, com exceção de Carlos Barbosa, que lidera o Idese há nove anos. Antes de ter o segundo posto, Água Santa esteve em 4º lugar em 2016 e em 3º em 2017. Veranópolis figurava em 7º e 4º lugares. Aratiba esteve em 2º lugar por duas vezes. Guabiju foi o 8º e o mesmo 5º lugar atual.
No bloco da Educação, os melhores índices gaúchos são de Picada Café (0,862), Nova Petrópolis (0,858) e Severiano de Almeida (0,848). Na área da Renda se destacam Água Santa (0,954), Carlos Barbosa (0,935) e Tupandi (0,902). Já em Saúde, os melhores índices são de Nova Pádua (0,931), Nova Roma do Sul (0,927) e Santo Expedito do Sul (0,926).
A série foi recalculada para os anos de 2013 a 2016, trazendo melhorias na qualidade dos dados utilizados para o cálculo. Comparado com o levantamento de 2016, o Estado teve um crescimento mais significativo na área da Educação. O indicador passou de 0,715 em 2016 para 0,736 em 2018, em que se destacam a taxa de 87,6% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas no Ensino Infantil e a melhoria no desempenho do Ensino Fundamental na Prova Brasil de 2017.
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“Identificar os problemas e apontar caminhos para o Rio Grande do Sul. O Idese contribui para isso. Ter conhecimento de seus indicadores permite que se estabeleçam ações mais focadas, voltadas à melhoria das condições de vida da população”, disse o secretário da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal.
Em segundo lugar ficou o item Renda, passando de 0,728 em 2016 para 0,740 em 2018, fazendo o Estado se aproximar do patamar do início da série, em 2013 (0,741) e recuperar as perdas econômicas verificadas entre 2014 e 2016.
A Saúde ficou em terceiro, de 0,821 em 2016 para 0,825 em 2018, um patamar elevado de desenvolvimento sustentado, principalmente pela alta expectativa de vida dos gaúchos e os bons indicadores de saúde materno-infantil.
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Na média dos indicadores de educação, renda e saúde o Rio Grande do Sul se mantém no patamar de desenvolvimento considerado médio, com um índice total de 0,767.
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