A ONG Movimentação, em conjunto com a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, começa a trabalhar no projeto Rede Online de Troca de Saberes e Fazeres. Ele é baseado no livro Os Filhos da Terra de Rio Pardo Grande do Sul, com o apoio da Lei Aldir Blanc. A obra, que será lançada em versões física e digital, foi criada a partir da pedagogia griô.

A metodologia escuta histórias de pessoas de uma determinada sociedade, e com isso, cria uma narrativa para acontecimentos que vivem na memória popular. O livro e a roda de troca são focados na história de formação do Rio Grande do Sul, considerando o início a partir de Rio Pardo, cidade histórica de 211 anos.

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A ideia é colocar em evidência a influência da cultura afro-brasileira e indígena na criação dos municípios gaúchos. Para isso, contos que vivem a memória como cultura viva serão transformados em histórias escritas. 

A Rede Online de Troca de Saberes e Fazeres acontece com a participação de diferentes pesquisadores e historiadores. Serão 12 encontros com base nas cidades de Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, General Câmara, Santa Maria, Venâncio Aires, São Lourenço do Sul, Pelotas, Rio Grande, Encruzilhada do Sul, Alvorada, Nova Hartz e Porto Alegre. O lançamento do livro físico está previsto para o fim de março deste ano.

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Além da obra e da roda de troca, o projeto também conta com a elaboração de um documentário. Uma produção que, assim como o livro, vem com o objetivo de destacar a contribuição das vivências negras na construção da identidade cultural do Rio Grande do Sul. O projeto espera começar um debate sobre o legado da força do trabalho dos afrodescendentes no estado, colocando a influência de nossos antepassados como protagonistas na crescente formação do povo gaúcho.

A iniciativa foi contemplada pela Lei Aldir Blanc no Rio Grande do Sul. A coordenação é do vice-presidente da ONG Movimentação, João Carlos Agostinho Prudêncio, Mestre Griô em Comunicação Social, Direitos Humanos e Cidadania. Ele também é jornalista e escritor.

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