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Onde o leito do Arroio Carijinho virou estrada

Um leitor do jornal Gazeta da Serra denunciou o que se configura como crime ambiental praticado contra o Arroio Carijinho. No local por onde passa o Rio, entre o Bairro Vera Cruz e Linha Apolinário, atrás do Cemitério dos Bentos, há uma grande quantidade de pedras que assorearam o Arroio, e é possível ver rastros de carro no local. Em uma das imagens é notável que o curso de água tem cerca de um metro disponível. Ainda há a possibilidade de, efetivamente, ter sido construída uma estrada que passa no leito do Rio para ligar as comunidades de Linha Apolinário, Linha Campos e o Bairro Vera Cruz.

Ao se inteirar sobre o fato, uma equipe técnica, juntamente com o diretor do Departamento do Meio Ambiente da prefeitura de Sobradinho William Leonardo Teixeira da Silva, realizou uma vistoria no Arroio Carijinho constatando a situação. Ele salientou que a denúncia é procedente e que medidas cabíveis serão adotadas, inclusive para a elucidação de possíveis culpados.

Antes deste caso, um grupo da prefeitura fez uma fiscalização desde a Linha Campos até no trecho próximo ao acesso Eloy de Oliveira Brito no Bairro Baixada. Os trechos escolhidos acima do ponto de captação de água da Corsan tratam-se dos mais críticos. Nesses lugares foram identificados grandes quantidades de materiais plásticos, como garrafas pet e sacolas, além de um intenso processo erosivo, devido  à grande quantidade de cascalhos basálticos, acumulados no leito do curso d’ água sendo que estes exercem grande contribuição para o assoreamento do Arroio Carijinho.

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Há tempos a cidade de Sobradinho sofre com as inundações provocadas pelo transbordamento do arroio, em especial as áreas em estudo, por ocasião das grandes chuvas, nas quais o assoreamento não permite o escoamento natural da água, fazendo com que o arroio transborde. Esses eventos levam à população grandes prejuízos materiais, paralisação do tráfego de veículos, inundação das residências refletindo diretamente na vida econômica da cidade, além de pôr em risco a saúde pelas doenças de veiculação hídrica.

Nas áreas afetadas ocorreram sérias modificações, tanto da cobertura vegetal, mata ciliar, que circundam o leito do arroio, ou pela retirada irregular de basalto em suas margens. “Por tanto a proposta principal deste levantamento é diminuir as inundações decorrentes de cheias regionais com recorrência elevada, desobstrução, limpeza e aprofundamento da calha, melhorando o fluxo de água para a maior captação, sendo que, por sua vez não teremos mais obstrução por matérias em seu leito, destacando que a ação de limpeza reverte-se a uma importante função, a população será beneficiada com a melhora do fluxo de água e a Corsan terá seu reservatório em condições para melhor atende-los, mantendo o arroio com o nível adequado para a retirada d’ água”, salienta. Na quarta-feira, estiveram reunidos no departamento de Infraestrutura da Fepam o diretor de Meio Ambiente William Teixeira da Silva e o gerente da Corsan Marcelo Schweighofer para tratar sobre este problema recorrente em Sobradinho.

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