A cada ano, celebra-se em 5 de junho o Dia Mundial do Meio Ambiente. Dessa forma, este domingo será dedicado a refletir sobre a gestão dos recursos naturais, a advertir para a necessidade constante de preservação e, em igual medida, a salientar e difundir iniciativas bem-sucedidas em favor do equilíbrio do ecossistema. E essas temáticas e esses enfoques, na realidade local e regional, coadunam-se com os propósitos do Projeto Repensar, iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações, que busca colocar as demandas ambientais na ordem do dia, com inúmeras ações efetivas.
É claro que a região tem diversos atores, entre pessoas físicas, entidades, organismos e empresas, que se engajam no mesmo esforço de preservação e recuperação dos recursos naturais. Mas a impressão que se tem (a cada ano mais saliente) é de que os movimentos e os atos de proteção estão irremediavelmente perdendo a luta em relação aos depredadores. Até porque são centenas ou milhares de agressões localizadas; nesse caso, argumenta-se que é apenas um ou outro que depreda, devasta, derruba. Mas, no conjunto, aqueles um ou outro logo são centenas ou milhares, e nada nem ninguém consegue estancar a devastação.
Basta tomar por base a constatação da derrubada de árvores na paisagem urbana: um derruba ou corta numa rua, logo outro corta na esquina seguinte, a RGE derruba dezenas em outra ação, e algum bairro vê sumir um bosque inteiro num só final de semana. Tudo dito como localizado ou pontual, mas que, no conjunto, representa uma verdadeira devastação ambiental, para a qual nenhum plantio e nenhuma ação trazem contraponto. Ao longo dos anos, entidades, como a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), já lideraram, com engajamento comunitário, o plantio e a recomposição de bosques ao longo de rodovias (como a RSC-287) e de rios e arroios. Quando essas árvores finalmente estavam adultas, lá foi a concessionária da rodovia (da época) e sumariamente eliminou todas, com o curioso argumento de conferir segurança aos motoristas. Ela só não soube explicar por que árvores na 287 constituíam perigo se até hoje milhares de árvores seguem em seus lugares ao longo das demais estradas, na região e em paisagens turísticas do Estado e do País, como a Rota Romântica e outras da Serra Gaúcha. Perigo aqui, mas não lá?
Publicidade
A verdade é que ano a ano a natureza vai sendo privada daquilo que ela própria é: os recursos naturais. Até um ponto em que onde faltam árvores hoje faltará sombra amanhã, faltará ar puro amanhã, faltará água (cujas fontes precisam da trama de raízes e da sombra) amanhã, faltará madeira logo adiante. Faltará tudo. Porque onde não há árvores, na convivência harmônica com o ser humano, nem outros animais da fauna, nem flora, nem insetos, nem pássaros podem coexistir. Onde faltarem árvores hoje e amanhã, porque antes já faltaram consciência ambiental e respeito, nada mais pode subsistir. É isso que se advertirá neste domingo, para não ser esquecido em nenhum outro dia do ano. É algo para… Repensar.
LEIA MAIS TEXTOS DE ROMAR BELING
Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!
Publicidade