Os constantes registros de assaltos a pequenos estabelecimentos e furtos de veículos em Santa Cruz do Sul começam a aparecer com força também em outros municípios da região. Em Vera Cruz, os casos têm chamado atenção. Nas últimas duas semanas, foram sete casos com diferentes abordagens, que assustam os cidadãos seja pelo emprego de armas de fogo, de violência ou mesmo pela audácia dos criminosos. Seja de madrugada, seja à luz do dia. Seja com as faces encapuzadas, seja de cara limpa.
A mais recente vítima desta de onda de violência na terra da gincana é o seu Valberto Schmidt, de 50 anos. Há 14 anos ele e a família tocam um tradicional bar localizado na ERS-409, nas proximidades da Esquina Koelzer. Há três anos, um minimercado foi aberto em anexo. Ontem, às 7h15, uma ação ousada e violenta de três indivíduos esvaziou os caixas dos estabelecimentos com os rendimentos do dia anterior, deixou três furos de bala no local e assustou o comerciante. “Eles fizeram uma pessoa de refém fora, e entraram com a arma na cabeça dele. Depois, mandaram os três clientes que estavam dentro do bar dar os celulares. Aí vieram com a arma pra cima de mim”, relata Schmidt.
O que se seguiu dali pra frente não sai da cabeça dele. A reação que ele teve é condenada pelas autoridades, mas ele garante que agiu em defesa da família. Primeiro, os criminosos o obrigaram a dar todo o dinheiro que estava nos caixas, do bar e do minimercado. Depois mandaram ele subir para o segundo andar da residência e dar “o resto do dinheiro guardado”. “A escada é estreita, e meus familiares estavam dormindo ali em cima. Quando cheguei na porta, empurrei o bandido que vinha atrás de mim e corri pra dentro. Ele caiu no chão e atirou pra cima e acertou a parede a um metro de mim”, lembra.
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Schmidt pegou então um facão e bateu duas vezes na parede de madeira do local. “Agora vocês são meus!”, bradou. “Eles acharam que eram tiros que eu tinha dado, e fugiram. Antes de sair, atiraram contra um freezer e contra uma outra parede do bar, mas depois foram embora”, acrescenta.
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