A onda de calor que afeta o Sul do Paquistão deixou mais de 450 mortos nos últimos três dias, anunciaram nesta terça-feira, 23, as autoridades locais. Médicos e hospitais permanecem em estado de alerta .
A maioria das mortes foi registrada em Carachi, a maior cidade do país, com cerca de 20 milhões de habitantes, onde a temperatura chegou aos 45 graus e houve cortes no abastecimento de eletricidade e congestionamentos na rede de água.
Os efeitos da onda de calor coincidem com o Ramadã, durante o qual os muçulmanos praticantes, majoritários no Paquistão, um país de 200 milhões de habitantes, permanecem em jejum entre o nascer e o pôr do sol. O clérigo islâmico Tahir Ashrafi afirmou que as pessoas com mais risco podem abrir mão do jejum do Ramadã. “Já afirmamos em várias emissoras de televisão que os que estão em risco, sobretudo em Karachi, onde a situação é muito grave, teriam que renunciar ao jejum”, disse Ashrafi. “O Islã estabelece as condições do jejum. O Alcorão sagrado inclusive menciona que os pacientes ou os viajantes que não podem aguentar o jejum podem adiá-lo, assim como as pessoas que são frágeis ou idosas ou que podem ficar doentes ou morrer pelo jejum teriam que abster-se”, recordou o clérigo.
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O governo provincial decretou um feriado nesta terça-feira para forçar as pessoas a permanecerem dentro de casa. Muitas vítimas da onda de calor são pessoas que trabalham a céu aberto.
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