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OMS investiga mutação que aumenta transmissão do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda investiga detalhes sobre a mutação do novo coronavírus, confirmada neste fim de semana pelo Reino Unido, com transmissibilidade 70% maior. “Estamos buscando informações. Haverá detalhes em torno da variante nas próximas semanas”, disse em coletiva de imprensa na tarde dessa segunda-feira, 21, a epidemiologista do Programa de Emergência em Saúde da OMS, Maria Van Kerkhove.

Por outro lado, a especialista destacou que não há indicações de mudança na forma de contágio da mutação e, por isso, os atuais protocolos de prevenção devem ser mantidos – e até mesmo ampliados. “Faça o que puder para se manter seguro.”

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Kerkhove evitou atribuir a segunda onda de Covid-19 na Europa à mutação agora confirmada pelo governo britânico. “Pode ser a variante, mas também os fatores comportamentais”, afirmou, em referência ao relaxamento de medidas preventivas por parte da população. Por isso, a epidemiologista defendeu o aperto de restrições no Reino Unido. “Elas são necessárias neste momento”. Entre domingo e segunda-feira, mais de dez países suspenderam voos com origem na Grã-Bretanha, incluindo Itália, Áustria e Bélgica.

O diretor executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mark Ryan, por sua vez, fez questão de ressaltar na coletiva de imprensa que a mutação do coronavírus pode ser ainda “mais eficiente” – fator informado por autoridades de saúde do Reino Unido -, e pode ter impacto significativo nos números de infectados. Até o momento, contudo, Ryan ressaltou, não há informações de que a mutação cause aumento da mortalidade entre os contaminados.

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Não há sinais de doença mais severa

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nessa segunda-feira que não há indícios de que as variantes de coronavírus causem doença mais severa. “Vírus mudam o tempo todo, isso é normal”, comentou, se referindo às mutações.

Durante coletiva de imprensa, a epidemiologista Maria Van Kerkhove esclareceu que as mutações identificadas nos vírus no Reino Unido são diferentes de outras vistas na África do Sul. “A boa notícia é que o Reino Unido tem reportado que essa variante do coronavírus não afeta a eficácia da vacina”, pontuou.

De acordo com Tedros, a OMS está trabalhando com cientistas para entender como as mutações afetam o vírus. Ele voltou a destacar que as vacinas dão esperança, mas não podem ser desculpa para que as pessoas se exponham ao perigo. As medidas de contenção, como uso de máscara e distanciamento social, continuam sendo recomendas pela OMS.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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