O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado durante entrevista coletiva desta quinta-feira, 13, sobre a notícia de que amostras de frango do Brasil testadas na China continham traços do novo coronavírus. “Vamos continuar a monitorar descobertas como essa, mas não há evidência de que o alimento ou a cadeia de alimentos esteja participando na transmissão desse vírus”, afirmou o diretor executivo da entidade, Michael Ryan.
Segundo Ryan, esse tipo de questão deve ser monitorada, mas “é importante que as pessoas mantenham sua vida comum sem medo, sem temor aos alimentos ou às embalagens de alimentos”. Ele considerou que seria negativo criar a impressão de que existiria um problema com a comida ou com as cadeias de alimentos, “que já estão sob pressão” por causa da pandemia. As pessoas devem ser sentir “confortáveis e seguras” sobre isso, comentou.
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“Há muitas outras razões para que protejamos e devamos cozinhar nossa comida de modo adequado”, lembrou. “Mas eu acho que não devemos colocar a Covid como um risco nessa área.” Ryan disse que, em relação ao novo coronavírus, “nossa comida é segura”, mas que há “muitas razões para mantê-la segura e há muitos trabalhando nisso pelo mundo”.
Também presente na coletiva, a líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, disse que a entidade está ciente sobre os relatos e comentou que a China testou milhares de embalagens, encontrando menos de dez delas com o vírus. Ela lembrou que a OMS já divulgou diretrizes para manter as pessoas seguras no trabalho na cadeia de alimentos. Além disso, afirmou: “Se o vírus estiver dentro da comida – e não temos exemplos do vírus sendo transmitido como alimento consumido – ele pode ser morto, como outros, se a comida for cozida”.
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