O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, até agora, seu estudo abrangente Solidarity mostra não haver evidências de que o medicamento remdesivir seja bem-sucedido para auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados por Covid-19.
A entidade notou, durante entrevista coletiva virtual, que outros estudos menores viram benefícios no uso do remédio, mas apenas em alguns subgrupos. Cientista-chefe da instituição, Soumya Swaminathan disse que a análise do medicamento continua a ocorrer, mas até agora não houve a conclusão de que seu uso poderia ser vantajoso no tratamento.
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A diretora técnica da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, também comentou o assunto. Segundo ela, no momento a recomendação da entidade é que não se use o medicamento, por falta de evidência de sua eficácia.
O medicamento é indicado no tratamento da Covid-19 desde novembro de 2020 no Estados Unidos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a chancelar o uso em março. A Anvisa argumenta que avaliou fatores diferentes em estudos sobre o medicamento e por isso decidiu contrariar a recomendação da OMS.
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Em outro momento da coletiva, Kerkhove alertou para o “aumento exponencial” dos casos da Covid-19 pelo mundo em semanas recentes, voltando a enfatizar a importância de medidas como o distanciamento social e o uso de máscaras para conter o problema. Kerkhove ainda defendeu que primeiro todos os profissionais de saúde do mundo sejam vacinados, antes que se passe para outros grupos.
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