Estávamos ali, junto ao monumento da Frida e Fritz. A chama da Semana da Pátria acabara de chegar. O cerimonial, realizados os cumprimentos protocolares, passou a palavra à dinâmica prefeita Helena Hermany, que junto à sua equipe de governo, entre os quais o secretário de Cultura, Marcelo Corá, anunciou o tema municipal da Semana da Pátria de 2023: “Rumo à sustentabilidade – olhares que transformam”.
O momento se fez leve e denso. Leve pela empatia que a todos irmanou, e denso pela magnitude do desafio, pois exercitar o olhar transformador convoca para uma experiência coletiva que associa afeto e ciência, pertencimento e mobilização.
Se essa prática se faz necessária a cada dia, assume ainda maior significado nesta semana de setembro. O mês já floresce nos ipês, e daqui a pouco se vestirá de primavera. Estação em que a natureza se oferta em cores, flores e augúrios. Preparação transformante que nos convoca.
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Também nós podemos nos tornar primaveris a partir do olhar que vê para além do habitual “olhar de paisagem”. Se soubermos “ver” estaremos rumando para o que se propõe o tema da Semana da Pátria. Orientação apontada pela bússola de uma “cidade ambiental,” o que nos demanda preparação, como o faz a natureza que almeja pela primavera. Cidade que se vê no contexto histórico socioeconômico e cultural sob a perspectiva de um futuro ambientalmente promissor. Não somos uma ilha, mas nos cabe impulsionar a urbanização que economize tempo e deslocamentos, objetive uma infraestrutura eficiente, otimize a relação ventilação/solaridade/permeabilidade, privilegie as ações saudáveis, suscite o empreendedorismo ambiental, resguarde os monumentos que falam de nossa identidade, aprimore as interações de respeito e reciprocidade, acentue as oportunizações igualitárias, aprofunde os silêncios motivadores e sobretudo desenvolva o conhecimento ativo para além das premissas desenvolvimentistas usuais, que costumam deixar mais passivos do que benefícios.
Impressiona o fervor com que estudantes e professores têm se dedicado a esse conhecimento ambiental. Como não se encher de esperança vendo tantos jovens lendo, escrevendo, exercendo o espírito crítico? Assim, atendendo ao mobilizador tema da Semana da Pátria, há que nos pormos a caminho. Mas não a qualquer percurso, e sim ao da transformação que se faz imperiosa por muitas motivações, entre as quais a da necessária preparação para o enfrentamento às mudanças climáticas em curso avassalador.
Cada um encontrará como desenvolver seu olhar transformador. Somados, sinergicamente, os empenhos se transmutarão em “fazeres” resolutivos de coletivo alcance transversal.
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Somatório que agrega esforços emblemáticos, como o da Semana do Meio Ambiente, que elegeu o Cinturão Verde como seu lema. Assim, aos presentes no ato de recebimento da chama cívica, agrega-se a comunidade santa-cruzense, com suas necessárias diferenças e distintos pontos de vista.
Todos, indistintamente, cada um a seu modo, com nossos erros e acertos, pertencemos à pátria natural de nossas coexistências e por estas somos corresponsáveis.
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