Os temporais que atingiram o Rio Grande do Sul na terça-feira, 16, afetaram 56 municípios e cerca de 14 mil pessoas, conforme dados divulgados nesta quinta, 18, pela Defesa Civil do Estado. Destes, oito são do Vale do Rio Pardo e Centro-Serra: Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, General Câmara, Lagoa Bonita do Sul, Passa Sete, Santa Cruz do Sul, Vale do Sol e Venâncio Aires.
Ao todo, uma pessoa morreu e 153 ficaram desalojadas, mas sem necessidade de recorrer a abrigos públicos. O governo do Estado está prestando auxílio aos municípios atingidos e monitorando as condições do tempo e o nível dos rios. No momento, o quadro está mais tranquilo, sem registros de grandes impactos nas bacias hidrográficas.
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“Nossas equipes permanecem nos municípios afetados, apoiando os poderes públicos municipais nas ações de ajuda humanitária às populações atingidas. Também está atuando na gestão, dentro do que é possível, para agilizar o restabelecimento de serviços essenciais, especialmente os abastecimentos de água e energia elétrica e os serviços de saúde”, afirmou o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira.
Não foram reportadas ocorrências graves na madrugada desta quinta-feira. Algumas bacias estão sendo monitoradas atentamente, mas não houve elevação significativa do nível dos rios. O Vale do Caí, que estava com alerta vigente para risco de inundação, agora apresenta condição sem previsão de atingimento da cota.
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O coronel Boeira avaliou a situação do Estado após a passagem dos temporais. “Desde essa quarta-feira, diminuiu bastante a intensidade desse evento, diante do que estava previsto, e, na maioria dos locais, os efeitos foram menos intensos do que o estimado. Em relação à questão hidrológica, por enquanto, não há maiores pontos de atenção. De forma geral, nesse momento, temos uma condição bem mais tranquila no Estado”, observou.
O Corpo de Bombeiros Militar (CBMRS) segue trabalhando no auxílio à população, atuando na desobstrução de vias e na retirada de árvores caídas. Entre 16h30 de terça-feira, 16, e 9 horas desta quinta, a corporação atendeu a mais de 1,1 mil ocorrências no Estado. Entre os principais atendimentos, estão o salvamento de 50 pessoas e o corte de 488 árvores.
Os bombeiros militares também realizaram 19 vistorias de áreas de risco, 13 atendimentos em áreas de alagamento, oito isolamentos de áreas de risco, quatro atendimentos de ocorrências de desabamento e dois de deslizamento, além de 409 ações de apoio à população com lonas.
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No final da tarde de quarta-feira, 17, por exemplo, o CBMRS foi acionado para retirar uma árvore que caiu em cima dos estais de torres do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre. Os galhos colocaram em risco um anemômetro e um cata-vento, equipamentos usados para medição da velocidade e da direção do vento. Outra equipe esteve, na manhã desta quinta, no Hospital da Brigada Militar (HBM), em Porto Alegre, para remover árvores que caíram sobre o muro e fiações.
O governo do Estado auxiliará na recuperação do Hospital São Vicente Ferrer, de São Vicente do Sul. A unidade teve seu telhado danificado durante um vendaval na tarde de terça, afetando a área de internação e o setor de exames de raio-X, o que obrigou a transferência de três pacientes. O Executivo estadual, por meio da Secretaria da Saúde, fará repasses ao município para a reconstrução do telhado.
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As fortes chuvas também provocaram alterações no tráfego das rodovias gaúchas. Nesta quinta, conforme a última atualização até as 8 horas, há sete trechos com bloqueios totais ou parciais em seis rodovias do Estado. A Secretaria de Logística e Transportes trabalha para desobstruir as rodovias o mais rápido possível, de maneira a garantir o tráfego de veículos e pedestres.
Alguns desses bloqueios são decorrentes de eventos anteriores. O quilômetro 30 da ERS-130, em Venâncio Aires, que estava interditado devido à queda de cabos de energia na rodovia, já foi liberado.
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Segundo a Defesa Civil, nesta quinta, o Estado ainda terá condições para pancadas de chuvas mais fortes na Região Metropolitana e em todo o Nordeste (Litoral Norte, Serra e Campos de Cima da Serra) e pouca possibilidade de precipitações no Norte.
“Há um sistema de baixa pressão no mar empurrando toda essa umidade para o continente, favorecendo as chuvas. Não serão volumes expressivos, contudo, os acumulados podem variar entre 20 milímetros e 40 milímetros ao longo do dia, com menor possibilidade de transtornos. Nas demais regiões, pode ocorrer chuva fraca, isolada, sem nenhum ponto de atenção. No Litoral, podemos ter um pouco de vento, variando entre 40 e 60 quilômetros por hora”, explicou o coronel Boeira.
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Na sexta-feira, 19, continua essa condição de pancadas de chuva no norte e noroeste do Estado, pois outro sistema de baixa pressão entre a Argentina e o Paraguai volta a trazer chuvas nessas regiões, favorecendo condições para precipitações com volumes entre 30 milímetros e 50 milímetros. Essas são regiões onde já choveu bastante nos últimos dias.
No sábado, 20, pode ocorrer chuva fraca no Norte e no Nordeste, e no domingo, 21, segue essa condição de chuvas fracas e isoladas.
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