Educação

Oficina leva a cultura gaúcha à sala de aula em Passo do Sobrado

Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Francisco Antônio de Borba Filho, de Passo do Sobrado, tiveram uma aula diferente na tarde dessa segunda-feira, 23. Por meio do projeto Estância da Arte, conduzido pela artista plástica e arte-educadora Klau Brentano, uma oficina envolveu 32 estudantes do 3º e 4º anos na confecção de chaveiros que remetem ao cavalo Caramelo, conhecido como símbolo de resistência na enchente de maio que afetou parte do Rio Grande do Sul.

Esta é a segunda edição da oficina, que tem percorrido diversas cidades gaúchas promovendo atividades artísticas voltadas à valorização da cultura regional. Segundo a arte-educadora, a temática deste ano é uma reflexão sobre um dos símbolos do Estado. “O cavalo crioulo é um patrimônio cultural gaúcho. Então a oficina foi inspirada pelo cavalo Caramelo, um ícone que resgata a tradição local, e também pelos eventos recentes, como as enchentes que mobilizaram as comunidades.”

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Klau ressaltou que a atividade não é apenas sobre técnica artística, mas também um meio de fortalecer a identidade cultural dos estudantes. “O interessante é que eles trazem suas vivências para a oficina. Alguns moram na zona rural, têm contato com animais. Isso se reflete no trabalho de customização dos cavalinhos, que aparecem de várias formas, com bolinhas e pintinhas.”

Durante a oficina, as crianças reproduziram o cavalo Caramelo em um chaveiro personalizado de tecido utilizando feltro e lã, entre outros. Os materiais foram oferecidos de forma gratuita pelo projeto. Serão ministradas 15 oficinas em nove cidades diferentes.

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O projeto Estância da Arte também esteve presente na Expointer deste ano, com a temática campeira. As oficinas são gratuitas e vão ocorrer até o fim deste mês. Além de Passo do Sobrado, o Instituto Estadual Educacional Ernesto Alves, em Rio Pardo, recebeu a atividade na manhã dessa segunda-feira.

A arte-educadora Klau Brentano foi a orientadora dos 32 alunos durante a elaboração dos chaveiros do projeto Estância da Arte | Foto: Alencar da Rosa

Mãos à obra e olhares muito atentos durante o trabalho de montagem

Durante a atividade, os alunos estiveram atentos e concentrados para montar o chaveiro. A tarefa inicial foi preencher o molde com feltro. Em seguida, os estudantes fecharam o cavalinho e puderam colorir da forma que preferissem. Todo o trabalho foi supervisionado pela arte-educadora Klau Brentano; pela professora da turma, Janine Duarte, 44 anos, e por uma auxiliar.

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Segundo Janine, a oficina veio ao encontro do trabalho já realizado na escola para a Semana Farroupilha. “Estamos orgulhosos de participar. Foi uma honra sermos escolhidos para representar nossa escola. Todos estavam ansiosos, especialmente para ver o que iríamos fazer com o cavalo Caramelo.”

Ainda de acordo com a professora, a atividade foi significativa para os alunos. “Além de tudo, eles puderam aprender e praticar o trabalho manual, como preencher o cavalinho com feltro, entre outras etapas do processo. São atividades diferentes do nosso cotidiano, que geralmente envolve papel e materiais mais tradicionais. Trabalhar com a montagem e o enchimento do chaveiro foi algo muito enriquecedor e divertido para todos.”

Janine Duarte: atividade enriquece o aprendizado dos alunos | Foto: Alencar da Rosa

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Com olhares atentos estavam Gabriel Almeida Gonçalves e Nicole Alexandra Kleinpaul, ambos com 10 anos. “Eu gostei muito de fazer esse chaveiro, pois conheci o Caramelo pela televisão”, comentou Gabriel. Já para a colega Nicole, a tarefa foi tranquila de ser realizada. “Não achei difícil de fazer e gostei muito. Tomara que tenha mais atividades como essa na escola.”

Nicole e Gabriel estiveram entre os primeiros a finalizar a tarefa | Foto: Alencar da Rosa

O projeto Estância da Arte, Pronac 234534 conta com patrocínio master do Banco de Lage Landen e patrocínio de Agrofel, Marcher Brasil e Guaibacar. A realização é da produtora cultural Simples Assim e Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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