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Ocupação de UTIs no Estado se mantém abaixo de 100%

Com 3.091 pacientes com diagnóstico positivo para o novo coronavírus internados em 3.397 leitos de terapia intensiva (UTIs) do Rio Grande do Sul na tarde de terça-feira, 13, a lotação era de 91%. Esse é o 13º dia de ocupação geral abaixo de 100% em UTIs no Estado. Apesar da queda, o painel do Estado apontou que quatro regiões de monitoramento da Covid ainda seguem com mais de 100% de ocupação em leitos de UTI públicos ou privados – Santa Cruz do Sul (118%), Uruguaiana (117%), Cachoeira do Sul (111%) e Palmeira das Missões (102%).

No Hospital Ana Nery, a taxa de ocupação era de 200% na UTI Covid, com dez leitos utilizados. Já nos leitos clínicos, o percentual chegava a 255%, com 23 pessoas recebendo atendimento. No Hospital Santa Cruz, a taxa de ocupação na UTI Covid era de 124%, com 31 pacientes, e de 68,3% nos leitos clínicos, com outras 28 pessoas internadas.

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Em ambas as casas de saúde, percebeu-se uma redução lenta em comparação com a semana anterior, de dois a três pacientes a menos no número de internações clínicas e de leitos de terapia intensiva. O médico intensivista e coordenador das UTIs do Hospital Santa Cruz e do Hospital Ana Nery, Rafael Foernges, em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9 nesta semana, esclareceu que as restrições de atividades e o distanciamento controlado impostos pelo governo do Estado contribuíram para diminuir a pressão no sistema, em comparação ao pico da doença.

“O que a gente percebe não somente aqui, mas em países que mantiveram um distanciamento social adequado, é que houve redução de casos. E no nosso caso, é nítido que com este período de bandeira preta conseguimos certamente baixar a taxa de contágio e de internações na enfermaria – e o resultado na UTI vem na sequência”, esclarece.

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No entanto, avalia que a taxa de ocupação é mantida alta, acima de 100%, o que ainda exige atenção. “Se as pessoas voltarem a afrouxar as medidas e faltar cuidados, certamente poderão aumentar os casos, como ocorreu nas eleições, nas festas de fim de ano e no período das férias, com as praias lotadas. É muito nítido que neste momento o vírus circula de forma mais rápida. E por ser um vírus novo, para o qual ninguém tem imunidade, e também pela taxa de vacinação ainda ser baixa, certamente a tendência será de aumentar”, afirma.

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O especialista observa ainda que a pandemia tem cenários diferentes dentro da rede hospitalar de Santa Cruz. Enquanto vem diminuindo a ocupação de leitos de enfermaria – que são aqueles de baixa ou média complexidade – em relação a março, no pico da pandemia, os leitos de UTI seguem ainda o reflexo de dez dias atrás. “Na terapia intensiva os pacientes permanecem em média de 15 a 16 dias em tratamento, por isso há ainda um atraso na liberação desses leitos que são de pacientes mais graves.”

No Hospital São Sebastião Mártir, em Venâncio Aires, a redução também foi significativa nos últimos dias. Na terça, a casa de saúde registrava taxa de ocupação de 100% na UTI e de 75% nas internações clínicas. O principal indicador para a redução, segundo o administrador Luís Fernando da Rocha Siqueira, está relacionado à ausência de pacientes aguardando leitos de UTI na emergência. “O indicativo de melhora também se percebe na redução de pacientes internados em leitos clínicos – pela primeira vez, atingimos taxas inferiores a 80%”, esclarece.

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