A situação da Covid-19 no Vale do Rio Pardo segue se agravando – e os reflexos da maior transmissão do coronavírus entre a população já são percebidos nos hospitais da região Covid 28 (R28). A taxa de lotação dos leitos de UTI é a maior dos últimos 15 dias e nessa quinta-feira, 10, alcançou o pico, com 98% das vagas ocupadas por pacientes com suspeita ou confirmação da doença.
Dos 60 leitos de terapia intensiva existentes nos hospitais Santa Cruz, Ana Nery e São Sebastião Mártir, este de Venâncio Aires, 59 estão em uso. O esgotamento da rede hospitalar é o principal motivo para o reforço no Alerta emitido pelo Gabinete de Crise para a R28 na última quarta-feira. Ao ampliar a análise para a macrorregião dos Vales, que contempla também Cachoeira do Sul e Lajeado, a ocupação passa a ser de 103,4%. Já há falta de leitos e pacientes sendo transferidos para outras regiões.
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Conforme os dados disponibilizados pela Secretaria Estadual da Saúde, 65 pessoas aguardam transferência para um leito de UTI no Rio Grande do Sul. A ocupação geral é de 88,2%, com 3.043 internados em 3.449 vagas disponíveis. Caso a situação continue se agravando, o Estado pode demandar restrições mais rígidas na circulação de pessoas e no funcionamento das atividades econômicas para conter o avanço da Covid-19 nas regiões, como já alertou o médico infectologista Marcelo Carneiro.
Em relação ao perfil dos internados, uma nova mudança já vem sendo percebida pelas equipes médicas. De acordo com a assessoria de comunicação do Hospital Santa Cruz, a faixa etária dos internados na instituição caiu, e hoje é de pessoas entre 45 e 60 anos. Praticamente não há mais internações de idosos em estado grave e nem óbitos nesse grupo, diferente do que ocorria anteriormente. Segundo os especialistas, essa alteração é um claro reflexo da vacinação.
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