Os lojistas estavam ansiosos pela aproximação do Natal, seu melhor período de vendas. Seria uma forma de recuperação, após tantos altos e baixos causados pelas flexibilizações e restrições sanitárias decorrentes da pandemia. O Papai Noel, no entanto, parece não ter atendido ao pedido dos empreendedores da Rua Marechal Floriano, entre as ruas 28 de Setembro e Borges de Medeiros. Eles observam que potenciais clientes não estão entrando em seus estabelecimentos e atribuem o fato às obras do calçadão.

O projeto de construção de um espaço maior para o trânsito de pedestres, em uma das principais vias comerciais santa-cruzenses, começou em 26 de junho de 2020, com previsão de entrega em oito meses. Passado um ano, cinco meses e quatro dias, e depois de um imbróglio burocrático que resultou na troca da empresa contratada para o serviço, os comerciantes e o público ainda esperam a conclusão. Uma data foi anunciada pelo vice-prefeito e secretário do Planejamento, Elstor Desbessell: nesta sexta-feira, 3 de dezembro.

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Ainda assim, os empresários da quadra afetada estão descrentes. Uma delas é a proprietária da Don Juan, Simone May. Ela receia que a equipe não consiga completar o serviço, em especial por ver que faltam operários e, eventualmente, material. “O ideal seria ter 15 trabalhadores, mas nunca contamos mais do que 12. Às vezes, também falta material e isso acaba atrapalhando”, apontou.

Desbessell esteve no local, onde se reuniu com empresários e representantes da Elo Construções e Instalações. Em entrevista à Rádio Gazeta, destacou a complexidade da obra, que, além da calçada, exige instalação de rede pluvial, de água e esgoto, sem falar na estrutura elétrica. “Assim, vamos ter os arcos da Marechal com iluminação em cinco cores, sem a necessidade da troca de luzes de acordo com o evento”, frisou. O vice-prefeito enfatizou o 3 de dezembro como limite, acrescentando que no sábado e domingo devem ser feitos limpeza e ajardinamento. “No dia 6 é para estar pronta, bonita, florida e à disposição”, anunciou. Depois dessa data, antecipa, será entre a 7 de Setembro e a Tiradentes, na área do Clube União Corinthians, onde não há comércio.

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A expectativa de Desbessell é a esperança de Simone e colegas do comércio. “Todos os clientes reclamam dessa situação. Perdemos o estacionamento. Sabemos que vai ficar bonito, mas está muito lento, não podemos perder a oportunidade do Natal”, ressaltou. Ela entende que, além dos clientes tradicionais, que costumam ir de qualquer forma na loja, há os que passam pela via, olham a vitrine e entram. Esses acabam não circulando devido às condições do passeio e acúmulo de equipamentos.

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