As obras do Cristo Acolhedor, em Sobradinho, seguem em ritmo acelerado. Com a armação-base de concreto já praticamente concluída, a equipe do escultor Markus Moura trabalha agora na finalização de busto, braços, mãos e cabeça, que são feitos separadamente e depois unidos.
Os trabalhos estão cerca de 70% concluídos e a previsão é de que as partes sejam içadas e fixadas até o fim deste mês. O Cristo Acolhedor começou a ser construído em novembro do ano passado às margens da ERS-400, na localidade de Granja do Silêncio, com investimento de R$ 1,4 milhão.
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“Hoje, estamos trabalhando no acabamento das mãos e da cabeça, bem como no revestimento com massa de cimento nas partes do corpo”, enfatiza o escultor. Ele explica que os componentes serão finalizados no solo, com todos os acabamentos e detalhes, e depois colocados no lugar.
“A parte artística, de responsabilidade da minha empresa, deve ficar pronta em cerca de 40 dias; depois tem o entorno, que é com a Prefeitura.” No terreno, que possui cerca de 6 mil metros quadrados de área, a previsão é de que sejam instalados estacionamento, bancos e iluminação.
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A ideia surgiu após o sucesso turístico do Cristo Protetor, erguido em Encantado, no Vale do Taquari, também por Markus Moura. A nova atração terá 24 metros de altura, incluindo o pedestal, e promete movimentar o turismo na Região Centro-Serra.
Na semana passada, o vereador Janderson Nunes, o Berê (PP), encaminhou ao Ministério Público um pedido de suspensão das obras, alegando que a Prefeitura não poderia fazer o investimento com recursos próprios, pois haveria outras prioridades no município neste momento, como a área da saúde.
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Diante disso, o promotor Rogério Fava Santos oficiou o prefeito Armando Mayerhofer para que responda a uma série de perguntas sobre interesse público, dotação orçamentária e aprovação do Legislativo, entre outros, no prazo de 30 dias.
Mayerhofer afirma que vai responder ao MP dentro do prazo estabelecido e volta a reforçar a importância da obra. “É só ir lá e perguntar aos moradores do entorno quantas pessoas já estão indo visitar.”
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Ao comentar sobre os custos, recorda que a Câmara de Vereadores chegou a votar um projeto que previa a redução do investimento, que foi vetado por ele. Posteriormente, o veto foi aprovado pelos vereadores por unanimidade. “Tem gente dizendo que vamos gastar R$ 4 milhões. Não sei de onde tiraram isso. O custo é de R$ 1,4 milhão para a estrutura e mais R$ 500 mil para o entorno, e já temos os recursos garantidos.”
Acerca do questionamento de que o Estado brasileiro é laico e, por isso, não se poderia erguer imagens relacionadas à religião com dinheiro público, Mayerhofer afirma que teve o aval da assessoria. “Na época, me questionaram por que não fazer a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes ou de Nossa Senhora Medianeira. Nesse caso, estaria vinculada à religião Católica, mas a imagem de Cristo existe em praticamente todas as religiões.”
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