Mais um ano caminha para se encerrar sem que a ERS-403, rodovia que liga Rio Pardo a Cachoeira do Sul, tenha o asfaltamento concluído. A comunidade regional aguarda há mais de 30 anos pela pavimentação nos 62 quilômetros de extensão, mas ainda restam 17 quilômetros sem asfalto – cinco com as bases já prontas e outros 12 de estrada de chão. Nessa quinta-feira, 14, a Gazeta do Sul percorreu parte do trecho e identificou uma série de situações que exigem atenção dos motoristas para evitar danos aos veículos e acidentes.
Nos primeiros 18 quilômetros, a ERS-403 possui asfalto. Ainda que haja remendos e sinalização precária em alguns pontos, de maneira geral o condutor não encontra dificuldades e nem riscos para prosseguir. Entre os quilômetros 15 e 18, uma empresa terceirizada contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão responsável pela manutenção da rodovia, está fazendo a recapagem das pistas e colocando nova sinalização.
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Na altura da Escola Estadual de Ensino Médio João Habekost, na localidade de Arroio das Pedras, o pavimento termina e começa a estrada de chão. No trecho inicial os buracos tomam conta da paisagem, mas depois de um tempo a situação melhora e é possível trafegar, entre o desvio de um buraco e outro. A partir de lá, são mais 17 quilômetros sem asfalto, dos quais cinco já receberam as bases necessárias para a pavimentação e o restante é chão batido. O asfalto só retorna na altura da Cotriel, no entroncamento com a ERS-410, que vai até Candelária.
A poeira não é novidade para os moradores do entorno da rodovia, mas a qualidade de vida piorou muito nas áreas onde as bases aguardam o asfalto. Isso porque a brita colocada sobre a pista levanta enormes nuvens de poeira branca durante a passagem dos veículos, sobretudo os caminhões que se deslocam para as cooperativas e fazendas nas localidades de Capão do Valo, Passo da Areia e Arroio das Pedras.
A aposentada Nilza Scherer tem 68 anos e há 34 vive às margens da ERS-403. “Sempre foi assim, mas com o pó da terra nós estávamos acostumados. Agora, com essa poeira branca, não estamos aguentando”, afirma. Segundo ela, a casa precisa ficar sempre fechada e até mesmo as tarefas simples, como secar as roupas no varal, se tornam complicadas. “Eu lavo a frente da casa com a mangueira só para gastar água, porque no outro dia preciso fazer tudo de novo.” Nilza ressalta que a situação é a mesma desde março deste ano e não há indícios de que vai acabar tão cedo.
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De acordo com o Daer, a pavimentação está em execução, com extensão prevista de 20,88 quilômetros. Segundo a autarquia, a interdição da Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul, causou aumento no tráfego na ERS-403 e exigiu um aditivo ao contrato para troca do material asfáltico por um mais resistente. Após a tramitação, o longo período de chuvas atrasou ou mesmo impediu a execução dos trabalhos em alguns momentos.
A camada de asfalto frio de 1,2 centímetro será sobreposta por uma camada de asfalto quente de 5 centímetros, para melhor qualidade e durabilidade. Conforme o Daer, a empresa vencedora da licitação está fazendo a aplicação sobre a superfície de base já concluída. Até agora, já foram executados 16,3 quilômetros de terraplenagem, 10 quilômetros de base e 14,5 quilômetros de sub-base. No total, 5,7 quilômetros estão com o asfaltamento concluído. O órgão não estipulou uma data para a conclusão dos trabalhos.
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