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Obras da escola Carlos Kipper andam a passos lentos

Há mais de três anos alunos, pais, professores e a comunidade esperam pelo novo prédio e a quadra esportiva da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Kipper. Contudo, a obra caminha a passos lentos. De acordo com o setor de engenharia da prefeitura de Arroio do Tigre, a empresa que assumiu os trabalhos não consegue dar prosseguimento à obra. Atualmente, apenas 14,64% da obra está concluída. De acordo com o arquiteto Luciano José Cerentini de Oliveira, a vencedora da licitação, empresa de Salto do Jacuí, não conseguiu terminar a obra dentro do prazo. Ele ainda disseque a mesma construtora garantiu que a escola deve estar pronta em junho deste ano. “A empresa é de porte pequeno e tem outras obras para concluir, então provavelmente a escola não fica pronta dentro desse novo prazo”, explicou.

Apenas dois conjuntos de salas foram erguidos

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Foto: Vinícios Rech/Gazeta da Serra

Já a empresa responsável pela construção da quadra rescindiu o contrato. Uma nova interessada deve ser chamada nos próximo dias. Neste caso, alguns pilares que já haviam sido erguidos, provavelmente deverão ser refeitos, uma vez que muitos se encontram danificados.
A obra, que começou em junho de 2016, deveria ter sido concluída em junho do ano passado. Entretanto, no local há apenas alguns pilares e o matagal que toma conta. O custo é de R$ 472.291,21, com recursos do Ministério da Educação. Em outubro de 2014, quando a escola foi realocada aos porões do Ginásio Tigrão, a promessa era de uma edificação rápida que duraria não mais que seis meses. No porão, a escola permaneceu até final de 2016. “Era um ambiente que não oferecia condição alguma de ensinar qualquer coisa a esses alunos”, disse uma das professoras. Em meio aos ácaros, poeira, calor e frio extremos, a qualidade da educação caía. “Nós tínhamos que fazer aquilo ser uma escola, mas o ambiente não ajudava”, confidenciou.

Conforme a Secretaria da Educação, a escola recebeu entre 2009 e 2012,  mais de R$ 74 mil do Ministério da Educação para compra de materiais permanentes e produtos de higiene, além de R$ 33 mil para obras de acessibilidade. Já entre 2013 e 2016 foram outros R$ 94 mil destinados à escola. A atual administração questiona o porquê da derrubada do antigo prédio. No começo de 2017, quando assumiu a prefeitura, o prefeito Marciano Ravanello ouviu professores e pais que pediam por um novo local. Foi na sede da Associação dos Funcionários da Comacel (AFC) que decidiu instalar a escola Carlos Kipper até que as obras fiquem prontas. No local foram feitas as adequações necessárias, como divisórias para salas e outras adaptações para receber a estrutura e alunos. Também foram adquiridos móveis novos.

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A diretora do educandário, Fabrícia Unfer, mostrou as instalações da escola, que conta com cinco salas de aula, além de biblioteca, sala dos professores e ampla cozinha e refeitório. “Ainda não é o local ideal, mas aqui onde estamos não há como comparar. A gente sente até uma mudança nos próprios alunos”, explicou. Além disso, o local oferece campo de futebol sete, quadra de areia e local para recreação. Também já está sendo feita uma horta, que será utilizada em uma oficina de contra-turno para os alunos. São atendidos 165 alunos, desde o Pré até o 9º ano. À noite há vigilância e durante as aulas também conta com um porteiro, que se divide em tarefas de ajardinamento.
Atualmente, só em aluguel, a prefeitura tem um gasto mensal de R$ 3 mil.

 

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