Teve início nesta segunda-feira, 8, a execução de uma obra de canalização na vila de São Martinho, no interior de Santa Cruz do Sul. As enxurradas que marcaram o segundo semestre de 2015 foram responsáveis por destruir parte do asfalto na estrada que leva ao distrito de Alto Paredão, nas proximidades da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cardeal Leme. Equipes da Secretaria Municipal de Obras e Viação e das subprefeituras de Monte Alverne e Alto Paredão estão trabalhando no local e devem concluir o serviço ainda esta semana. De acordo com o engenheiro civil, Leandro Kroth, responsável pela obra, a implantação de novas tubulações, somadas as já existentes, vai quadruplicar a capacidade de vazão das águas.
Conforme explica ele, serão implantadas ao longo da travessia, quatro fileiras de galerias em concreto armado, com dimensões de 1 metro de largura por 1,5 metro de altura. A ideia é evitar a repetição de episódios como o ocorrido em 2015, quando asfalto se rompeu com a força das águas. De dimensões bem menores, as tubulações existentes à época não foram suficientes para fazer frente à enxurrada. Como o local é ponto de encontro de dois arroios, a forte pressão da água arrastou galhos, pedras e outros resíduos, bloqueando a passagem da água que acabou saindo por cima do asfalto.
Para dar celeridade aos trabalhos, a prefeitura está operando com equipes reforçadas e o serviço precisa ser executado em etapas para que não haja interrupção no tráfego. A obra está estimada em cerca de R$ 60 mil e o investimento é feito com recursos próprios do Município.
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O prefeito Telmo Kirst fez questão de acompanhar o início dos trabalhos. Na ocasião, ele lamentou os enormes prejuízos que as enxurradas do ano passado trouxeram para as comunidades da cidade e do interior, fazendo com que o município sozinho tivesse que despender uma enorme soma de recursos que poderiam ser destinados a outras realizações. “Durante três anos não obtivemos nenhum tostão de auxílio do governo do Estado e do governo federal. Gastamos sozinhos uns R$ 40 milhões para consertar os estragos”, destacou.