Santa Cruz do Sul

Obra da UTI Pediátrica do Hospital Santa Cruz deve começar no mês que vem

Depois de toda a mobilização em torno da UTI Pediátrica do Hospital Santa Cruz (HSC) ao longo do ano passado, agora a expectativa é pelo início das obras. O serviço é essencial para o atendimento ao público com idade entre 29 dias e 12 anos. A previsão é de que a obra comece até o início de julho e seja concluída em 120 dias.

O diretor-geral do HSC, Vilmar Thomé, enalteceu a união de forças da comunidade em defesa da estrutura. “A implantação dos novos leitos de UTI Pediátrica teve um envolvimento coletivo, com a articulação de lideranças e agentes políticos que se mobilizaram em busca de uma alternativa equilibrada para a população e também para a sustentabilidade financeira do HSC”, avaliou.

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Para a prefeita Helena Hermany, a manutenção e ampliação dos serviços foi resultado de um trabalho conjunto. “A comunidade santa-cruzense não poderia perder essa estrutura tão valiosa, que tem salvado tantas vidas. Nosso empenho, junto com as lideranças locais, para a sensibilização do governo do Estado garantiu essa grande conquista para a saúde de Santa Cruz e região”, salientou.

Durante 2022, a UTI Pediátrica do HSC manteve uma média de internações de oito pacientes por mês, com a maioria dos casos provenientes de Santa Cruz do Sul. Essa estimativa vem se repetindo neste ano. O período de permanência dentro do hospital, em alguns casos, chega a três meses.

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Conforme a diretora de Enfermagem do hospital, Fernanda Gallisa, a reestruturação das UTIs Neonatal e Pediátrica consolida a instituição como referência na área materno-infantil. “É um ganho para toda a comunidade, pois qualifica a assistência de forma mais especializada, direcionada para os pacientes que necessitam de atendimento pediátrico, além de proporcionar mais segurança à população por meio da ampliação do número de leitos.”

A visão de Fernanda é compartilhada pelo vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Elstor Desbessell. “Contar com a UTI Pediátrica aumentada será um grande diferencial no atendimento em saúde do município”, avaliou.

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Responsável por organizar uma reunião com a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, em janeiro do ano passado, que bateu o martelo sobre a manutenção e ampliação dos leitos neonatais e pediátricos, o vereador e líder do governo, Henrique Hermany, enalteceu a conquista. “Aquele foi um dia muito feliz, com uma notícia que trouxe alívio e esperança para quem é pai, mãe, avô e avó”, disse.

Vidas salvas pela UTI Pediátrica do HSC

Duas histórias que tiveram um final diferente graças aos serviços da UTI Pediátrica do Hospital Santa Cruz ajudam a retratar a importância da estrutura. A primeira é a do casal Maiquel Behm e Camila Lopes de Almeida. No dia 6 de junho, os dois voltaram para casa com o filho Pedro Gael, de 3 anos. O menino havia passado 40 dias internado, 30 deles na UTI.

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Com paralisia cerebral e epilepsia, Pedro apresenta uma saúde frágil. Para dar atenção integral ao filho, Camila abandonou o emprego logo que ele nasceu. Com pneumonia grave nos dois pulmões e síndrome respiratória aguda grave (Sars), o menino ainda enfrentou 20 dias de entubação. A estrutura do HSC ajudou Camila a ter mais tranquilidade durante o processo.

Maiquel, Camila e Pedro: 40 dias de internação | Foto: Isadora Oliveira

Outro relato que demonstra a importância do local é da moradora de Vera Cruz, a dona de casa Meiriele Endler. Ela teve as duas filhas internadas na UTI. A pequena Megan, de 2 anos, já precisou do serviço em duas oportunidades. A primeira, logo ao nascer, por ter vindo ao mundo prematura, foi uma estada de poucas horas, seguindo protocolos médicos.

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Na segunda, recorda a mãe, a situação foi bem mais tensa. Uma crise diabética levou a uma internação às pressas, de sete dias, com risco de falência de órgãos. “Foi a primeira vez que eu vi a importância de ter uma UTI por perto, porque ela não resistiria a uma viagem mais longa”, comentou. Cerca de dois meses atrás, Meiriele viu-se novamente nos corredores da UTI. Desta vez para acompanhar a filha caçula, Maitê. O bebê engoliu líquido do parto e necessitou de aspiração dos pulmões, além de cinco dias na unidade intensiva.

Meiriele procurou atendimento duas vezes | Foto: Isadora Oliveira

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Heloísa Corrêa

Heloisa Corrêa nasceu em 9 de junho de 1993, em Candelária, no Rio Grande do Sul. Tem formação técnica em magistério e graduação em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Trabalha em redações jornalísticas desde 2013, passando por cargos como estagiária, repórter e coordenadora de redação. Entre 2018 e 2019, teve experiência com Marketing de Conteúdo. Desde 2021, trabalha na Gazeta Grupo de Comunicações, com foco no Portal Gaz. Nessa unidade, desde fevereiro de 2023, atua como editora-executiva.

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