O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contestou nesta sexta-feira, 22, o tom pessimista do discurso feito pelo candidato à presidência Donald Trump no encerramento da convenção do Partido Republicano que confirmou sua candidatura. Obama disse que a ideia passada por Trump, de que a América está à beira do colapso, não condiz com a realidade e “não se encaixa com a experiência” da maioria da população.
O Partido Republicano encerrou ontem à noite a convenção que indicou o magnata Donald Trump para concorrer à eleição presidencial de novembro. Em seu discurso, Trump disse que é o candidato da lei e da ordem e prometeu que, se eleito, dará aos americanos proteção contra ataques terroristas.
O candidato republicano criticou a adversária do Partido Democrata, Hillary Clinton, por ter, segundo ele, deixado ao país “um legado de morte, destruição, terrorismo e fraqueza” durante o período em que foi secretária de Estado norte-americana.
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Em entrevista na Casa Branca ao lado o presidente do México, Enrique Peña Nieto, que está em visita a Washington, Obama disse não concordar com a afirmação de Trump de que os Estados Unidos vivem uma onda de violência e criminalidade e contestou os dados.“A criminalidade é menor durante a minha presidência que em qualquer momento durante as últimas três ou quatro décadas”, rebateu.
O presidente reconheceu que, embora tenha havido um “pequeno aumento no número de assassinatos e crimes violentos em algumas cidades este ano”, a taxa de crimes violentos é “muito menor” hoje do que na época do presidente Ronald Reagan e também menor do que quando Obama assumiu o cargo pela primeira vez, em 2009.
Sobre a promessa feita por Trump de combater a imigração ilegal nos Estados Unidos, Obama disse que a taxa de imigração ilegal hoje no território norte-americano é “inferior em dois terços em comparação à época em que Ronald Reagan era presidente”.
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Numa alusão ao discurso de Trump, que falou sobre as ameaças aos Estados Unidos representadas pela existência de imigrantes ilegais, de militantes terroristas do Estado Islâmico e da violência contra policiais em serviços nas ruas de algumas cidades, Obama disse que, mesmo com essas dificuldades, “os pássaros ainda cantam” e “o sol ainda brilha” para a maioria dos norte-americanos.
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