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OAS recebeu dinheiro de caixa 2 dentro da Arena do Grêmio

O doleiro Alberto Youssef, da Petrobras, apontado como um dos chefes do esquema de corrupção da empresa, afirmou em seu acordo de delação premiada que a construtora OAS, uma das empreiteiras investigadas na Operação Lavaj Jato, utilizou um escritório próprio na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, para receber dinheiro de caixa 2 em espécie. Porém, conforme Youssef, os desvios realizados não possuem relação com a direção do time gaúcho.

O estádio foi construído pela OAS, que detém a propriedade da gestão da Arena. Em entrevista ao site G1, a assessoria do Grêmio disse que não irá se pronunciar sobre o assunto, uma vez que não está envolvida na denúncia. Já a construtora disse, através de nota oficial, que “refuta veementemente tais alegações”. Conforme o doleiro, a construtora “lavava” os recursos em contas bancárias no exterior por meio de João Procópio Prado, acusado nas investigações de ser um dos operadores das contas de Youssef. Segundo os relatos, Prado seria o responsável por depositar o dinheiro em contas de Leonardo Meirelles, ex-sócio do doleiro.

Youssef contou, em depoimento, que Meirelles era quem movimentava o dinheiro em bancos de Hong Kong “a fim de promover o retorno desses valores ao país mediante operações de cabo”. Após o dinheiro ser “lavado” no exterior, de acordo com Youssef, ele mesmo ficava encarregado de trazê-lo de volta ao Brasil, sempre a mando da OAS. Para realizar o serviço, ele ganhava uma comissão de 3% sobre o valor dos depósitos, “incluindo o serviço de entrega no Brasil em quaisquer lugares que fossem determinados pela empreiteira”.

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Ao ser questionado sobre se a movimentação do dinheiro era de conhecimento da empresa, o doleiro disse “acreditar que sim”. Nos documentos que foram entregues aos investigadores aparece a sigla “POA” que, conforme Youssef, se referia à entrega do dinheiro lavado no escritório da OAS no estádio do Grêmio. Em nenhum momento, entretanto, ele mencionou que o dinheiro tenha ligação com o time gaúcho ou com a construção do estádio, que é de propriedade da empreiteira. 

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