Para adequada compreensão do que sugere o título, socorro-me do site “oxfordbrazilebm.com”, do qual destaco alguns parágrafos. Mas em sites diversos também há textos acerca do tema, haja vista que é antigo e recorrente. Porém, atualíssimo!
Em 1620, Francis Bacon (1561-1626, político, filósofo e cientista inglês) descreveu o viés de confirmação: “Uma vez que o entendimento de um homem se baseia em algo (seja porque é uma crença já aceita ou porque o agrada), isso atrai tudo a sua volta para apoiar e concordar com a opinião adotada. Mesmo que um número maior de evidências contrárias seja encontrado, ele as ignora ou desconsidera, ou faz distinções sutis para rejeitá-las, preservando suas primeiras concepções.”
Prossegue o mencionado site: “O impacto do viés de confirmação pode ocorrer desde o nível individual até o nível institucional. Em 2017, o médico cardiologista Robert DuBroff (Universidade do Novo México – Albuquerque, EUA) mostrou que o viés de confirmação influenciou as diretrizes de especialistas em colesterol e foi altamente prevalente quando conflitos de interesses estavam presentes. Ele descobriu que o viés de confirmação ocorreu devido a uma falha na incorporação das evidências, ou pela interpretação errônea das evidências, as quais tinham o potencial de distorcer as recomendações. Os métodos para evitar o viés de confirmação incluem protocolos para buscar e relatar informações relevantes. As revisões buscam, avaliam e resumem os resultados de todas as evidências relevantes disponíveis sobre uma questão específica. Seguir um protocolo para conduzir as buscas e especificar previamente os critérios de inclusão e exclusão podem evitar o viés de confirmação.”
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Destaquei tais parágrafos, sobretudo por dois exemplares extremos temporais, Francis Bacon, em 1620, e o doutor Dubroff, em 2017. Ou seja, o tema “viés de confirmação” é universal, atemporal e recorrente. Aliás, diversas áreas científicas o mencionam com frequência. Na psicanálise, por exemplo, há menção a três “inimigos” comportamentais, quais sejam: o viés de confirmação, a dissonância cognitiva e o raciocínio motivado.
Atualmente, chegamos ao extremo negativo desse fenômeno comportamental, quer seja motivado pelas narrativas politíco-ideológicas, quer pelas associações à pandemia, entre outras razões igualmente distorcidas, mas, sobretudo, pelos inerentes prejuízos sociais e coletivos. Disseminado e alavancado por segundas intenções de alguns, inclusive autoridades, e pela ignorância e inocência de outros, a exemplo do “tio do WhatsApp”!
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