A cantora Loma será a atração da Confraria Nativista hoje, a partir das 21 horas. É a edição comemorativa pelo mês das mães. O evento acontece no Taps Restaurante (antiga sede da Alliance One). A abertura contará com a apresentação do dueto Cancioneiros do Rio Grande, composto por Ricardo França (voz e violão) e Leonas Beise (acordeon).

Loma estará acompanhada dos violonistas Osmar Carvalho e Lênin Nuñez. O repertório vai destacar pérolas do cancioneiro gaúcho, como Desgarrados, Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, Brasiliana, Um Mate Por Ti e Vira Virou. “Entre as décadas de 70 e 80, muitos artistas se firmaram e as músicas foram marcantes. Quem muito nos representa Brasil afora é a dupla Kleiton e Kledir, que se popularizou fora dos limites do Rio Grande do Sul”, diz.

A carreira de Loma começou em 1973 no grupo Pentagrama, que mesclava música nativista com o samba. A partir de 1976, após ter concorrido na Califórnia da Canção Nativa, participou de forma especial em discos de artistas populares da época, como Alceu Valença, Elza Soares, Gilberto Gil, Cristina Buarque e Velha Guarda da Portela. O primeiro LP de Loma é de 1985, com arranjos assinados por Geraldo Flach. Em 1989, a crítica musical local elegeu Loma como a melhor cantora de música nativista da década. Em 1992, pelo disco Um Mate Por Ti, foi indicada ao Prêmio Sharp da Música Brasileira na categoria cantora regional. Em 1999, Loma faturou o Açorianos de Música como melhor intérprete e melhor disco de MPB, por Além Fronteiras. Em 2012, ela assumiu a presidência do Conselho Estadual de Cultura. Ainda em 2012, esteve com o grupo Chão de Areia no 10º Viola de Todos os Cantos, festival realizado pela EPTV, afiliada da Globo no interior paulista e Sul de Minas. Eles venceram a categorial regional com a composição De Volta a Sorocaba.

Loma passou a integrar o projeto Cantadores do Litoral em 2002, iniciativa para valorizar a música africana e açoriana, difundida na região litorânea do Estado. O movimento foi iniciado por Ivo Ladislau e Carlos Catuípe. Pelo disco desse trabalho, ela foi agraciada com o Troféu Vitor Mateus Teixeira, oferecido pela Assembleia Legislativa, como melhor cantora em 2009. Com o grupo Chão de Areia, Loma passou a apresentar o espetáculo Paixão de Viola e Tambor, que esteve em Santa Cruz do Sul em abril de 2014. “A diversidade cultura no Estado é enorme. No litoral, há um trabalho forte de música regional, com influências africanas e açorianas”, explica. Outra iniciativa de Loma é o show temático Mulher de Lua, com direção musical de Mário Tressoldi. No palco, são expostos os amores, as conquistas, crenças e diferentes contribuições das mulheres à sociedade brasileira, ao ritmo percussivo do jongo, coco, maçambique e quicumbi.