Há menos de dois meses, em 30 de abril, o universo da literatura perdeu um de seus maiores autores contemporâneos. O norte-americano Paul Auster marcou gerações ao longo de décadas, com romances de pronto elogiados e que formaram uma legião de fãs, inclusive influenciando escritores das novas gerações.
Aos 77 anos, ele acabou vitimado por um câncer. Deixou cerca de três dezenas de obras, às quais se juntou seu último romance, Baumgartner, que agora está em editoração junto à Companhia das Letras, de longa data sua editora no Brasil. A tradução é de Jorio Dauster, um mestre absoluto na versão do inglês para o português, e que já assinara a transcrição de boa parte de seus livros anteriores disponíveis no Brasil.
É um texto mais breve, de 176 páginas, mas que permitirá aos leitores um contato com o virtuosismo de Auster. Ele era casado com a também escritora e norte-americana Siri Hust-vedt desde 1982, autora de algumas pérolas, como O que eu amava, O verão sem homens e O mundo em chamas.
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Seu último livro tem como protagonista Sy Baumgartner, um professor de filosofia que está prestes a se aposentar. Aos 71 anos, ele luta para superar a solidão decorrente da perda de sua esposa, morta há cerca de uma década. Então a narrativa vai recuando no tempo, até a época em que ambos se conheceram, e depois evolui ao longo de quatro décadas, num exercício pleno de ternura em torno do amor, mas também de olhar para o mundo nesse período.
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