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O trabalho nunca foi tão vital

Nesta sexta-feira a sociedade vivenciou um Dia do Trabalho em circunstâncias que ficam na história. É de tradição que na data profissionais celebrem e reflitam sobre a importância das funções que exercem, para a sua subsistência, bem como para toda a comunidade. Agora, o dia não foi de festejos, e sim de apreensão.

Não que o trabalho (e, por extensão, os trabalhadores) tenha perdido relevância. Pelo contrário. Como em nenhum outro momento, é do esforço de profissionais, no campo e na cidade, que dependeremos para dar a volta por cima. Na verdade, o cenário de restrições criado pela pandemia da Covid-19 veio agregar mais um elemento ao mundo produtivo, que já era repleto de obstáculos. Estabelecimentos com portas fechadas ou semi-fechadas, limitações para receber clientes, tudo emperra a rotina de empresas e de seus colaboradores.

O ano de 2020 já começara sob contexto de muito lenta retomada econômica. Com exceção do agronegócio, vital para a sociedade (e que até se descuida de com ele aprender melhor a olhar adiante com mais objetividade), a maioria dos setores urbanos sequer havia reagido. Porém, mesmo agora, como evidencia reportagem assinada pelo jornalista Rodrigo Nascimento nesta edição, nem tudo é terra arrasada. Pelo contrário.

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Com o hábito das rezingas arraigado em tantas instituições brasileiras, alguns empresários, mais preocupados em lamentar e reclamar, se descuidaram de olhar para o lado e ver o exemplo, inspirador e pleno de energia em favor da sociedade, de muitos outros líderes. Se uns ameaçam demitir (ou demitem), outros estão, na mesma hora, contratando, ou em vias de contratar. Se uns entendem que o mundo acabou, outros compreenderam que ele apenas acabou do jeito (por vezes algo cômodo) como vinha sendo conduzido.

A vida seguirá, o mundo seguirá, e o trabalho e os trabalhadores agora são e serão ainda mais importantes do que sempre foram. Não tanto porque só pessoas saibam trabalhar – pois máquinas também executam tarefas. Mas porque pessoas consomem. E se, sem trabalho e sem emprego, elas não obtiverem renda, de que adianta um empresário dispor de máquinas que fazem o serviço de milhares de trabalhadores se esses, colocados à margem, já não tiverem recursos para adquirir os produtos e os bens que a empresa (com suas máquinas) quer oferecer? Para reagir, talvez seja preciso, antes de mais nada, mudar de atitude.

Em tempo: a Gazeta do Sul tem registrado índices de consumo de seu conteúdo em níveis históricos. Em abril, o Portal Gaz, plataforma digital da Gazeta, fechou o mês com 11,133 milhões de visualizações, 25,95% de incremento em relação ao mesmo mês de 2019. No acumulado do ano, entre janeiro e abril, o aumento foi de 73,78% em relação ao ano passado, com 40,6 milhões de visualizações, média superior a 10 milhões de acessos por mês. Obrigado a todos os nossos leitores por essa parceria. Que não é uma hipótese, mas um fato consumado.

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