A segurança no trânsito é resultado da combinação de estradas com boas condições de trafegabilidade e de condutores conscientes da sua responsabilidade ao volante. Garantir que esse último quesito seja uma prática faz parte da rotina de profissionais como o soldado Marcelo de Vargas Beck, de 38 anos, que integra a 2ª Companhia Rodoviária de Santa Cruz do Sul, responsável por monitorar o fluxo de veículos em 17 rodovias do Vale do Rio Pardo que fazem ligação em 13 municípios da região.
Com curso de condutor de emergência, ele está apto para conduzir as viaturas do comando rodoviário e, portanto, é literalmente o motorista que monitora outros motoristas. Há um ano na atual função, Beck conta que trocou a rotina de policial militar porque o trabalho da corporação nas rodovias sempre lhe chamou a atenção. “Eu ingressei na Brigada Militar como policial temporário, em 2005. Depois fiz concurso e entrei como efetivo em 2008. Até 2014 fiquei atuando na região de Montenegro e aí vim para Santa Cruz. Logo que cheguei aqui no 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM), manifestei interesse para o comandante de que gostaria de ir para o rodoviário. Em maio do ano passado fui incorporado”, explicou.
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Natural de Santa Maria, Beck tem sob sua responsabilidade cerca de 500 quilômetros de rodovias – só na RSC-287, cuja abrangência da 2ª Companhia Rodoviária se estende entre os trevos de Venâncio Aires e de Candelária – são 61 quilômetros. “O serviço de policial rodoviário não é fácil. Diferente do urbano, quem está na rodovia trabalha diariamente com o atendimento de acidentes. Então, é preciso estar bem preparado psicologicamente porque ‘vai se ver de tudo’ e a função exige que a gente esteja pronto para ajudar as pessoas”, afirmou.
Além disso, cita que o fato, por si só, de estar fardado já implica em cuidado e estar em uma viatura da Polícia Rodoviária atinge uma proporção ainda maior. “No momento em que estou na rodovia, todas as pessoas que passam pelo trecho são de minha responsabilidade.”
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Outro ponto mencionado pelo policial rodoviário estadual é com relação às diversas ações desenvolvidas no sentido de orientar os motoristas e passageiros. “Nós monitoramos o fluxo de veículos, orientamos sobre os riscos, sobre direção defensiva, importância do uso do cinto de segurança, uso da cadeirinha para bebês e, principalmente, para que as pessoas respeitem os limites de velocidade. Muitos acham que é só entrar no veículo e acelerar, mas não é isso aí”, enfatizou.
No cumprimento diário da função, Beck diz que chama atenção a quantidade de famílias que chegam até o comando rodoviário para pedir informações. “As pessoas vêm até nós com esse intuito, e nós fazemos o possível para orientar e salvaguardar vidas”, acrescentou.
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Orgulhoso do trabalho desenvolvido e do quanto a atuação reflete nas comunidades onde atua, Beck ressalta que é preciso dar o exemplo. “Pretendo seguir me capacitando para ir adiante na corporação e seguir orientando os motoristas. Veículo não é brinquedo, dependendo da mão em que está, pode se tornar uma arma. Os motoristas precisam estar cientes de que são responsáveis não só por suas vidas, mas por todos os envolvidos no trânsito quando estão dirigindo”, ressaltou.
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