Olá, pessoal! Tudo bem? Eis que finalmente iniciamos a semana com sol. Já tivemos alguns dias com tempo bom, e a previsão é de que prossiga assim até o final de semana, algo que não estava ocorrendo ultimamente. No período muito chuvoso, vínhamos colhendo tabaco sempre no molhado. Esse sol é bom, faz as folhas ganharem massa, e a gente também consegue trabalhar mais tranquilo. Como mencionamos na coluna da semana passada, aqui em casa a primeira lavoura de 15 mil pés já foi toda colhida, e no restante estamos indo para a segunda apanha. Está todo despontado, quer dizer, foi tirada a flor, e com esse tempo agora vai se ajeitando, abrindo a ponteira, que é o que interessa. Cria bastante peso, cria massa, ganha cor boa, e depois vai render um bom dinheiro, muito mais do que o tabaco X, que é aquele da parte baixa da planta.
O excesso de chuva agora cobra seu preço
Em dias ensolarados como os dessa semana, no meio rural está todo mundo a mil. É folha de tabaco voando para tudo quanto é lado, todo mundo trabalhando, fazendo o desponte onde ainda é preciso, colhendo, plantando milho, outros plantando soja, capinando, e assim vai. Aqui em casa o principal agora é colher. Porém, depois da chuvarada toda, as lavouras sofrem com o sol e o calor. Dias seguidos de sol forte deixam o tabaco bem amarelo, como se pode ver em muitas lavouras na região, e mostramos na foto acima. Com tanta chuva, a raiz não aguenta e a planta começa a se entregar muito rápido. É um falso maduro; mas é preciso colher mesmo assim porque, do contrário, acaba-se perdendo essas folhas. Esse tabaco precisa de chuva nos próximos dias, para poder se recuperar um pouco. Em nossas lavouras, a maior parte não tem problema; as plantas não apanharam da chuvarada e estão bonitas.
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Pássaros e animais se sentem em casa
Pessoas que não conhecem o tabaco por vezes associam essa cultura com agrotóxico, defensivo agrícola. Mas não é nada disso. Bem ao contrário. O tabaco é uma das culturas que menos usa defensivo agrícola. Aqui na propriedade, bem ao lado da lavoura, a dois metros dela, há anos existem ninhos de abelhas-mirim, as pequeninhas (foto acima), que são muito frágeis, qualquer coisinha e já morrem. Pois ali elas estão firmes e fortes, ano após ano, e a gente plantando tabaco bem ao lado. É um sinal de que os poucos defensivos que a gente usa não lhes fazem qualquer mal. Fora os ninhos de passarinho que se encontra no meio da lavoura. É uma dádiva estar trabalhando e de repente encontrar os ninhos escondidos junto aos pés de tabaco, usando as folhas como proteção. É comum encontrar ninhos de tico-tico, sabiá ou sangue-de-boi nas lavouras de tabaco. Outra coisa bastante comum de se achar é lebre, bem como outros animais. Por vezes, claro, também vem o susto, quando se encontra uma cobra escondida sob as folhas, junto da planta. É um risco que o agricultor corre, de ser picado por uma serpente dessas. Mas faz parte.