Santa Cruz do Sul sempre foi conhecida como a terra do basquete. Mas um outro esporte vem conquistando espaço no município. O título da Copa Sul no dia 5 deste mês, em Santa Catarina, fez os Chacais despontarem mais no cenário do futebol americano. Com a primeira conquista nacional em seus oito anos de existência, a equipe busca também o crescimento da modalidade por meio de um projeto social desenvolvido a partir deste ano.
“Os Chacais já eram uma equipe bastante conhecida. Então eu acho que esse título acaba colocando uma cereja no bolo. É muito importante, porque é a primeira vez que um time gaúcho vence fora do Estado. Vai ficar marcado na história. Quando debutou, já debutou em alta qualidade, que foi vencendo além das fronteiras do Rio Grande do Sul”, enfatiza o presidente e jogador do Santa Cruz Chacais, Gustavo Weiss, o popular Cóia. A preparação para atingir o tão esperado objetivo foi extenuante e exigiu treinamentos diários. “Foram repetições de exercícios em campo e na academia, e corrida. Fizemos um trabalho muito forte e muito bom desde o início do ano, que foi aprimorado depois da vinda do coach (técnico) Paulo Barcelos”, ressalta.
Conforme Cóia, a meta é fomentar o futebol americano em Santa Cruz do Sul e região. “Hoje, temos uma equipe sub-20, que é uma coisa quase inédita no Brasil”, exalta. Na visão do presidente, o fortalecimento da base é primordial para o sucesso. “Quando comecei a jogar futebol americano, tinha 24 anos, em 2007. Hoje os meninos entram em campo com 15, 16 anos, em um nível muito mais alto. É fundamental uma renovação constante de atletas”, salienta Cóia, atestando a popularidade da modalidade em Santa Cruz. “Hoje vários colégios não têm mais a bola redonda e sim a oval”, aponta.
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No domingo passado, no Parque do Chimarrão, em Venâncio Aires, a equipe sub-20 disputou um amistoso contra o Bulldogs FA. O adversário, que já confirmou presença no Campeonato Gaúcho de 2016, é a equipe mais jovem do Vale do Rio Pardo. Com jogadores de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Lajeado, ela vai representar o Capital do Chimarrão, onde vem treinando em academia e no campo do Bairro Aviação. O time recebe apoio da Prefeitura. “Acho que as duas equipes, por serem muito próximas uma da outra, conseguem crescer juntas. Tem essa possibilidade”, garante Cóia.
“Te mexe, guri” terá a segunda edição
Fora das quatro linhas, os Chacais atuam no campo social. Neste ano, lançaram o projeto “Te mexe, guri”, no qual 15 jovens obesos ou em situação de sobrepeso foram selecionados para participar das atividades. “Nove deles se formaram com todas as glórias possíveis. As marcas físicas que alcançaram nos testes são surpreendentes, de dar inveja para qualquer equipe”, celebra o presidente Gustavo Weiss.
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A iniciativa será ampliada no ano que vem. “A previsão é selecionar 60 jovens para iniciar os trabalhos. Vai tomar uma proporção muito grande, vai ter um trabalho muito bacana para ser desenvolvido a partir de 2016”, projeta Cóia, acrescentando que as ações servem de modelo para outras equipes.
Esforço em campo é recompensado pelo título inédito
As horas de treinos se transformaram no maior título dos Chacais. “Isso foi muito importante no que diz respeito ao fomento do esporte. No momento em que fechamos o grupo, com foco em conquistar a Copa Sul, todos deixaram um pouco de lado a família, estudos e trabalho”, comenta o técnico Paulo Barcelos. “Essa galera mais antiga do time merecia muito esse campeonato”, enfatiza.
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O linebacker (defensor) Lucas Schwendler destaca a união do elenco. “Foi um trabalho duro de toda a equipe. A galera se uniu, virou uma família”, salienta o atleta, que passou a jogar futebol americano por incentivo de um amigo. “Ele começou a jogar e me convidou para acompanhar os treinos. Acabei gostando do que vi e entrei na equipe”, relata Schwendler, que ingressou nos Chacais em 2014.
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