Acostumado a ações ostensivas, situações de perigo e prisões em flagrante, um pedido inusitado chamou a atenção do sargento da Brigada Militar (BM) Severiano Vargas do Nascimento, na noite de quinta-feira, 1º. O PM do 23º Batalhão de Polícia Militar (BPM) Major Sebastião foi surpreendido com uma abordagem, desta vez, de uma menina de 3 anos.
Por volta das 20 horas, o sargento, junto a um colega, foi acionado pelo Centro Integrado de Operações e Emergências (Ciope) após soar o alarme de um banco, no qual as câmeras haviam sido desativadas, no Centro de Santa Cruz do Sul. O tipo de ocorrência sugeria uma abordagem cautelosa, dado as possibilidades de ações criminosas referentes a tal tipo de estabelecimento.
Após a dupla de policiais chegar ao local, em uma rápida verificação, foi identificado que uma queda de luz tinha provocado o incidente. Ao retornarem para a viatura, o sargento percebeu o olhar curioso de uma menina, que acenou para ele. “Foi uma situação diferente de todas as outras que já vivi. Retribuí o aceno, e ela disse que ela queria ser policial quando crescesse”, comentou o sargento Severiano.
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A tensão do que poderia ser uma ocorrência de furto a banco, se transformou em um papo leve. “Fui ao encontro delas e dei toda a atenção. Falei a ela que a missão do policial é sempre proteger as crianças, então elas me pediram para tirar uma foto e eu prontamente disse que sim.”
Havia sido o primeiro dia, depois do início da pandemia, que a mãe Adriane Miranda, de 21 anos, havia levado a pequena Emanuelle Miranda, de 3 anos, para andar de patinete no Centro. Ela permitiu que a foto fosse feita com o rosto da menina à mostra, sem máscara, como a própria criança pediu, para registrar o sorriso dela ao encontrar o policial. Em respeito às medidas preventivas à Covid 19, o PM permaneceu com o equipamento de proteção no rosto e utilizou álcool em gel antes do registro.
“Eu fiquei emocionado com a atitude da menina, e por saber que ela tão pequenina, está tendo uma excelente educação de sua mãe, e quer seguir o caminho do bem, para fazer parte de uma profissão que visa proteger a sociedade e as pessoas de bem”, salientou o sargento, que atua há 17 anos como policial militar. A mãe Adriane agradeceu a atenção do policial e admitiu a vontade de menina em seguir a carreira da polícia. “Ela sempre relata esse desejo e sempre brinca de policial em casa.”
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