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O sonho de se tornar mãe: conheça a história da enfermeira Rosane

Qual é o significado de ser mãe? Para algumas pessoas, é o ciclo natural da vida, enquanto para outras é mais do que isso: um sonho. É o caso da enfermeira Rosane Ernst, de 47 anos, que enfrentou inúmeras dificuldades para engravidar e também durante sua gestação, mas nunca teve dúvida de que esse era o caminho certo. Decidida, ela superou os desafios e foi recompensada em dobro: vieram os gêmeos César Emanuel e Samuel Augusto.

Natural de São Gabriel, Rosane mudou-se para Santa Cruz do Sul em 2006 com o objetivo de cursar Enfermagem na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). No mesmo ano, ela foi aprovada em um concurso público e passou a atuar como técnica de enfermagem na rede de saúde do município. “Me dedicava exclusivamente aos estudos e ao trabalho, mas a vontade de ser mãe permanecia em meu coração”, conta. Aos 38 anos, ela se casou, e o desejo da maternidade se tornou cada vez mais forte.

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Tornar o sonho realidade, contudo, não seria nada fácil. Rosane foi diagnosticada com infertilidade de causa desconhecida. Durante oito anos, tentou diversos tratamentos, com diferentes especialistas, mas sem sucesso. A solução veio somente no final de 2020, quando foi descoberta uma trombofilia. Com a resposta positiva ao novo tratamento, ela fez um teste e o resultado foi o mais aguardado de sua vida: positivo para gravidez. “Posteriormente, fiz uma ecografia e ela confirmou que estavam a caminho dois bebês tão esperados, desejados e amados”, revela.

Os desafios, entretanto, estavam só começando. Devido à idade, ela passou por um pré-natal de alto risco e foi acompanhada por uma equipe multiprofissional no Centro Materno Infantil (Cemai). Tudo corria bem até as 29 semanas, quando, após uma consulta de rotina, Rosane foi encaminhada diretamente para o Centro Obstétrico do Hospital Santa Cruz (HSC). Após o diagnóstico de pré-eclâmpsia, ela foi internada e passou 68 dias em observação. Os primeiros 30 dias foram na maternidade, para evitar um parto muito prematuro.

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No dia 28 de outubro de 2021, por volta das 4h30 da manhã, os gêmeos César Emanuel e Samuel Augusto vieram ao mundo, com 34 semanas e um dia de gestação. Por serem prematuros, eles ainda ficaram internados na UTI neonatal do HSC. Durante esse período, Rosane e o marido se revezavam no acompanhamento dos filhos. “Jamais, nem por um momento, pensei que passaria por isso. O ciclo natural e o desejo de toda mãe é sair do hospital carregando seus filhos nos braços”, destaca.

Última provação

Após dez dias, os gêmeos foram transferidos para a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). “Lá, conseguíamos realmente cuidar deles, dar banho e trocar as fraldas”, conta. Mas o destino guardava uma última provação para a mãe: ela teve complicações e precisou de cirurgia para a retirada da vesícula. “Esse, para mim, foi o período mais difícil. Estava dentro do hospital e não podia vê-los”.

Após a cirurgia, Rosane foi diagnosticada com uma pancreatite aguda e precisou de ainda mais cuidados. Essa situação mobilizou toda a família, que criou uma rede de apoio. Quando chegou o dia de os bebês deixarem o hospital, a mãe ainda estava internada. “Nesse momento, tive uma melhora miraculosa. Renasci como uma fênix das cinzas porque sabia que meus amados filhos precisavam de mim”. Assim, após dois dias, seu estado de saúde melhorou e os médicos autorizaram a alta hospitalar. “Aprendi com tudo isso que os filhos têm o tempo deles e precisamos respeitá-lo”, afirma. “As promessas de Deus não têm prazo de validade, basta confiar nele e ter fé”, completa Rosane.

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Hoje com seis meses, Samuel Augusto e César Emanuel são duas crianças saudáveis e crescem normalmente. E Rosane está recuperada e pode aproveitar os filhos tão desejados da melhor forma: com todo o amor do mundo.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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