Seguem as investigações sobre o caso de duplo homicídio que chocou a Região Centro-Serra no dia 27 de maio. As últimas evidências apontam que Hulda Maria Lopes de Souza, de 40 anos, ex-mulher de José Darício de Souza, de 43 anos, estaria envolvida no crime ocorrido em Rincão Nossa Senhora Aparecida, interior de Segredo.
Hulda foi presa preventivamente na quinta-feira, 4, pela Polícia Civil. A filha dela e de José, Kalinca Lopes, de 23 anos, e o genro já estão presos desde o último dia 29. Em entrevista ao programa Giro Regional, da Gazeta FM 98.1, na manhã desta sexta-feira, 5, a delegada Graciela Foresti Chagas destacou que a Polícia Civil tem trabalhado exaustivamente nesse crime, que, segundo ela, “é complexo e faz com que se perceba que o ser humano é capaz de qualquer coisa”.
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A delegada salienta que há provas técnicas importantes que levaram a indicar a participação da ex-mulher no caso. “Ficou bem claro o envolvimento da mãe, tanto que fundamentamos o pedido de prisão preventiva que foi deferida pelo Poder Judiciário com esses elementos”, comentou.
Conforme a delegada, em seu depoimento, a ex-mulher de José Darício também apresentou detalhes do plano e de como surgiu a ideia da trama. “Essas informações somadas montam bem o quebra-cabeça, deixando clara a participação da mãe, da filha, do namorado e de um indivíduo que teria sido contratado por ela”, disse. O matador, que efetuou os disparos que vitimaram José Darício e o caseiro Mazonde Rodrigues de Nepomuceno, de 63 anos, segue foragido.
Partilha dos bens teria motivado o crime
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Embora a filha de José Darício tenha mencionado que um seguro de vida do pai, no valor de R$ 500 mil, teria sido a causa do homicídio, conforme a apuração da investigação, a partilha de bens até então adquiridos por José Darício e a esposa Hulda Maria seria o principal motivo do crime.
“Uma discussão sobre essa divisão de parcela dos bens, que incluem a propriedade rural, a safra de tabaco, o maquinário agrícola e veículos de passeio, teria iniciado durante a separação do casal. Ao que tudo indica, essa circunstância seria a principal motivação do crime, e não o seguro que a filha falou em um primeiro depoimento”, salientou a delegada Graciela Foresti Chagas. Segundo ela, o montante dessa divisão ainda não foi avaliado pela Polícia Civil.
De acordo com a delegada, a investigação está analisando que tipo de compromisso financeiro a família tinha. “Seria necessário calcular quem seriam os beneficiários e quais os valores. A ex-mulher e a filha, que trabalharam para construir esse patrimônio, acreditavam que sairiam prejudicadas nessa divisão patrimonial”, frisou.
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Em relação a um possível transtorno psiquiátrico sofrido pela filha, a delegada disse que não identificou a necessidade de uma avaliação da sanidade mental. Segundo Graciela, dentro dos autos do inquérito, é possível solicitar esse atendimento quando a autoridade policial identifica elementos que denotam a falta de sanidade mental do investigado.
“Eu não visualizo e não visualizei em nenhum momento elementos que justificassem a instauração de um incidente como esse, mas saliento que pode ser instaurado, tanto pela provocação do delegado quanto do advogado. São várias pessoas pela lei que são autorizadas a fazer essa provocação”, finalizou.
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