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O sentido da vida

Exatos ou não, números pós-pandemia anunciam que há em torno de 13 milhões de brasileiros desempregados. Assustador e preocupante. Mas tais números “escondem” um fenômeno mundial, também em curso no Brasil. As demissões voluntárias.

Desde o trimestre final do ano passado, e, principalmente desde o começo do ano, o Brasil tem tido uma média de 500 mil demissões voluntárias, praticamente o dobro da média histórica. Nos Estados Unidos os números são mais impressionantes, quatro milhões de demissionários por mês. Repito, fenômeno mundial, também em curso expressivo no Reino Unido, na Alemanha, na França, na China e na Índia. O fenômeno foi percebido nos Estados Unidos em maio de 2021 e batizado como a “grande recusa, ou a grande resignação”.

Praticamente consensual, a explicação estaria nos efeitos da pandemia sobre as relações de trabalho. O “gatilho” parece ser o crescimento da opção “home office”. E da opção trabalho híbrido, isto é, alternando trabalho em casa com o escritório.

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Embora os números oficiais não apontem os motivos pessoais, os analistas de mercado de trabalho concluem que há três características principais que determinam a decisão, quais sejam: a busca por um salário melhor, um ambiente mais saudável e qualidade de vida.

As três características predominantes podem ter sido aceleradas pela avaliação (negativa) do tempo gasto no trânsito e do pouco tempo passado com a família. E, importante, o desejo de dar um sentido e propósito mais profundo ao próprio trabalho.

Afinal, histórica, social e psicologicamente, o trabalho é reconhecido como um elemento fundamental no processo de afirmação do ser humano. A relação com a vida e a sobrevivência vai muito além da questão da produção de bens e renda. A ocupação produtiva do indivíduo está diretamente relacionada à ideia de dar sentido à própria existência.

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Raio X

Expressivas parcelas da população se encontram marginalizadas, sem meios de expressão política e inclusão socioeconômica. Confirmam a existência de precários e instáveis laços de convivência social e econômica dos diversos Brasis. Salvo algumas “ilhas” de prosperidade e estabilidade, vigoram o marasmo social, o desânimo, o desemprego e a miséria. Há uma crise de valores. Autoridades desacreditadas. Uma falta de esperanças.

Nesse sentido, a política, principalmente, está desafiada à proposição de reflexões e ações urgentes, inovadoras e eficazes. Os brasileiros desejam e precisam de um horizonte saudável e próspero.
Um alerta e ensinamento político: as forças populares e institucionais que autorizam e legitimam uma ação política serão as mesmas que podem se converter em forças contrárias e desestabilizadoras!

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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