“Lula foi eleito e tem que governar.” Mourão descarta intervenção. (Entrevista na Gazeta de 2/12/2022).
Esses dias o general concedeu uma bela entrevista à Gazeta do Sul. Por sinal a Gazeta é um grupo para o qual escrevo desde os 15 anos.
Gostaria de dizer que gosto muito do Exército Nacional e por ele tenho muito respeito. Fui juiz de Direito em Santiago (RS), com menos de 30 anos. Santiago tem quatro quartéis, se não me engano.
Ali conheci o general Heraldo Tavares Alves, hoje falecido. Era um homem religioso, muito refinado e elegante. Nós dois sempre nos sentávamos juntos na antiga igreja de Santiago. Havia um padre jovem que gostava de censurar os autores do golpe militar.
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Eu ficava na minha e o general ficava tranquilo. Dito isso, vamos aos assuntos com o general Mourão. Desculpem-me se erro. O então candidato a presidente Bolsonaro não parecia ser muito próximo do general.
Eleição terminada, me pareceu que Bolsonaro não fez muito caso de seu vice. O general, no entanto, manteve-se tranquilo e não reclamou. Quando se aproximaram as novas eleições o general foi esquecido.
Mourão não gritou, não reclamou, candidatou-se ao Senado e foi vitorioso.
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Imediatamente surgiram, de muitos cantos, indivíduos que não se conformavam com o resultado das eleições. Para irem votar, não reclamaram de nada. Pessoas de boa índole, até acho que sérias, foram convencidas de que houvera fraude.
O general Mourão, ainda vice-presidente da República, concedeu uma entrevista à Gazeta dizendo que Bolsonaro perdeu as eleições e que o vencedor iria assumir. Enfim, o general Mourão, homem sério, no próprio dia em que terminaram as eleições, apoiou o que a maioria do povo decidiu.
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Concordo que é lícito a quem perdeu não se conformar. A inconformidade, porém, não há de ser agressiva, muito menos se vem acompanhada de fechamento de estradas e outros logradouros.
Consta que vários bloqueios de estradas foram patrocinados por terceiros, o que entendo como beirando às raias de ilícito penal. Por sinal, a matéria está sendo estudada pela Polícia Federal. Nem Bolsonaro apoiou esses absurdos que fizeram o país parar por uns dias. Ao contrário, proclamou para a nação inteira que cessassem os distúrbios.
Esclareço que não entro no mérito das qualidades ou não dos candidatos. Refiro-me a “virada de mesa”. Os que acham que as Forças Armadas devem intervir, que protestem de maneira ordeira. Ou querem discordar do general Mourão e do próprio Bolsonaro?
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