O mundo criado por J.R.R Tolkien está de volta à telona em O Senhor dos Anéis: A Guerra de Rohirrim. Em cartaz no Cine Santa Cruz, a animação, dirigida por Kenji Kamiyama, conta uma história que se passa 183 anos antes da trilogia, adaptada para os cinemas por Peter Jackson. Ambientada em Rohan (apresentado em As Duas Torres), o espectador acompanha uma batalha iniciada durante o reinado do Rei Helm Mão-de-Martelo (dublado em inglês pelo ator britânico Brian Cox).
Um senhor do reino chega à capital, Edoras, e exige que Hèra, a filha do rei, se case com seu descendente, Wulf. Após a recusa da filha e do rei, Helm e Freca decidem lutar sem armas. No entanto, um único golpe do rei mata seu adversário. Wulf, ao ver o pai caído no chão, sem vida, tenta atacar Helm com sua espada, mas não consegue. Ele jura vingança e realiza um ataque certeiro nas tropas reais, obrigando os sobreviventes a se abrigarem no Forte da Trombeta. Com o rei ferido, provimentos escassos e sem chance de pedir ajuda aos aliados, cabe a Hèra comandar as tropas e lidar com o cerco de Wulf, que é agravado pela chegada de um longo inverno.
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Os aspectos técnicos são os grandes trunfos de A Guerra dos Rohirrim. A começar pela animação, sobretudo os cenários. A Terra Média nunca esteve tão impressionante. Em certos momentos, é difícil acreditar que os ambientes foram desenhados. Certas imagens são tão belas que poderiam até ser exibidas em uma exposição de arte. O som é outro caso à parte. A trilha sonora é potente e destaca o clima de violência e tensão durante a batalha. E os fãs podem esperar os acordes clássicos da trilha criada por Howard Shore.
O ponto fraco da obra é a história. Inspirada em trecho de três páginas do apêndice de O Senhor dos Anéis, os três roteiristas precisaram preencher as lacunas, além de criar e desenvolver novos personagens.
Os trechos que seguem fielmente a obra de Tolkien são os momentos mais marcantes. As consequências do longo inverno e a própria batalha carecem de maior exploração, diante da decisão de contar os fatos sob o ponto de vista de Hèra. Já Wulf é um vilão caricato difícil.
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Nada disso, no entanto, atrapalha a experiência que é assistir A Guerra dos Rohirrim no cinema. Demonstra os potenciais das animações para dar vida ao mundo de Tolkien, e que pode ser explorado em diferentes mídias.
Cine santa cruz – Sala 2
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