Ao entrar na propriedade do fruticultor Marcos Jung, em Campo de Sobradinho, interior de Passa Sete, o visitante já se depara com a paisagem de encher os olhos. Um casa envolta por um cinturão de árvores frutíferas, que ocupa 3,2 hectares, lembram um pedacinho da Europa no Brasil. Há mais de dez anos, Marcos Jung, acompanhado de sua família, produz variedades de ameixa, kiwi e caqui. Com 3.500 pés de frutas plantados, alcançou uma produção expressiva de quase 100 toneladas na última safra. Parte da produção também pertence ao cunhado, que auxilia na época da poda e da colheita.
Há nove anos iniciou com o kiwi e atualmente possui 300 pés em produção, que atingiram 10 toneladas na safra que encerrou em abril. Mas garante que já chegou a colher 50 toneladas da fruta.
A ameixa foi plantada há oito anos nas variedades italiana, cuja produção de 750 pés totalizou 16 toneladas colhidas em dezembro; letícia, também com 750 pés, produziu 36 toneladas, em janeiro; a precoce, colhida em novembro, tem quatro anos e atingiu quatro toneladas; Já iratí precoce está no segundo ano e a primeira produção deverá ser colhida entre novembro e dezembro deste ano, no 500 pés cultivados. “Cheguei a calçar os galhos de tanta fruta, o chão ficou vermelho. Era bonito de se ver”, disse.
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O valor de mercado da ameixa variou entre R$ 1,70 a R$ 2,10 o quilo. A comercialização é feita em supermercados de Sobradinho, assim como em uma fruteira local. Jung também expandiu a comercialização tendo em vista a grande quantidade que consegue armazenar apenas três meses em uma câmara fria. Fez vendas para Carazinho, Lajeado e Farroupilha. “Seria bom se o Poder Público nos desse a oportunidade de vender toda essa produção aqui na região. Vender para fora é um pouco complicado”, destacou.
A produção de caqui fuyu está no começo. Foram plantados, em junho, cerca de 500 pés, e a colheita está prevista para daqui três anos.
No inverno, a principal preocupação é em relação às podas, que devem ser feitas no tempo correto. “A gente passa um mês fazendo as podas”, explicou. A falta de frio intenso neste inverno também deu mais trabalho ao produtor, que precisou recorrer a um produto para que ocorresse a polinização cruzada. Outra preocupação é em relação ao granizo, que gera grande perdas. “Quero ver se consigo cobrir parte do pomar com tela antigranizo, porque as pedras machucam as frutas e antecipa a maturação”, comentou.
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A família também se dedica à produção de soja. Possui 70 hectares da oleaginosa, que incrementa a renda a cada ano. “A soja é uma alternativa a mais de renda. Caso uma falha, a outra compensa”, disse.
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