Na noite do último domingo, 19, um adolescente de 16 anos ligou à polícia afirmando que havia matado sua família dentro da casa onde eles viviam, localizada na Vila Jaguara, zona oeste de São Paulo. A motivação, segundo o infrator, seria por seus pais terem confiscado seu celular. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela polícia, ele afirmou que já possuía problemas com os pais e que já havia planejado matá-los anteriormente.
De acordo com o relatado no boletim de ocorrência do caso, o jovem pegou a arma do pai, um guarda civil municipal, que estava escondida, e testou um disparo no colchão dos pais na sexta-feira, 17. Ele relata que esperou o pai retornar da escola em que a irmã estudava e, por volta das 13 horas, na cozinha da casa, efetuou um disparo com a pistola 9 milímetros na nuca do pai, enquanto ele estava de costas.
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A irmã do infrator ouviu o barulho do disparo e perguntou do que se tratava. Então, o jovem efetuou outro disparo, que atingiu o rosto da garota. Ele afirma que “teve que matá-la”, pois ela estava no local do crime (a casa da família). Na mesma data, por volta das 19 horas, a mãe do jovem chegou à residência. Ele a recepcionou, abrindo o portão da garagem para que a mesma entrasse, a acompanhando até a cozinha, e então efetuou um disparo com a pistola, que ele havia guardado no sofá, matando a mulher de 50 anos.
No dia seguinte, ele afirmou que pegou uma faca na cozinha e desferiu um golpe nas costas da mãe, pois ainda estava com raiva dela. Durante os três dias em que ficou em casa com os corpos, ele conta que foi à academia e à padaria. Na noite de domingo, o próprio adolescente ligou à polícia relatando o ocorrido.
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A polícia, ao chegar no local, verificou que a arma utilizada para os homicídios estava sob a mesa da sala, com ferrolho aberto, devidamente municiada e com um cartucho íntegro. No piso superior, no chão, havia o corpo da irmã e uma cápsula deflagrada de arma de fogo.
De acordo com o boletim de ocorrência, ele afirma que não se arrependeu dos homicídios e que, “se pudesse, faria novamente”.
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Não há registros na polícia sobre violências praticadas pelo rapaz, mas a investigação do caso diz que irá apurar sobre o comportamento do jovem em seus ambientes de convivência. O adolescente não relatou ter sido influenciado por outras pessoas
O adolescente foi levado à Fundação Casa. Caso a polícia não encontre familiares dispostos a contratarem uma defesa para o infrator, ele será representado pela Defensoria Pública em um julgamento perante a Vara da Infância e Juventude. Por ser menor de idade, o garoto deve ser acusado por ato infracional análogo ao crime.
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