Confesso que não lembro o ano com exatidão. Creio que foi em 2006 ou 2007. Desde então, escrevo semanalmente, salvo duas ou três interrupções, perfazendo hoje 866 artigos na coluna Contraponto.
Mas, em verdade, agora em 2023, devo estar completando 45 anos em artigos de opinião. Na Gazeta do Sul, somados, são mais de 1.200, deduzo. O primeiro foi em 1978.
Em média, escrevo 42 linhas por artigo, cada linha com 70 caracteres, o que perfaz 2.940 caracteres por artigo. Se somarmos apenas as linhas, 1.200 artigos totalizam 50.400 linhas de 70 caracteres. Logo, no total são 3.528.000 caracteres!
Nos primeiros anos, operacionalmente, como se fossem testemunhas, destacaram-se as ancestrais máquinas de escrever Remington e Olivetti, com destaque para aquelas em modelo “margaridas e bolinhas”.
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Depois sucedidas e regidas por extraordinárias e organizadas placas-mãe, HD’s, memórias, mouses e teclados, uma verdadeira sinfônica, cujo acorde final era ao som da impressora.
Balanço matemático e temporal e bom-humor à parte, ainda sobre colunas de opinião, aproveito para repetir o que já dissera em outras ocasiões.
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Como leitor de jornais e revistas, principalmente do centro do país, há muitos anos já observara essa crescente tendência (colunas de opinião!), à época concorrendo com o advento da internet.
Periódicas ou eventuais, de autoria de jornalistas profissionais ou colaboradores informais da comunidade, as colunas de opinião, hoje, estão massivamente presentes em todas as plataformas e todos os meios de comunicação.
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Digo mais: hoje, os artigos e as colunas de opinião são como pequenos e diversificados monumentos que minimizam a onda do “politicamente correto”, a prática do patrulhamento ideológico e do divisionismo social em curso.
Assim como contestam, especialmente no âmbito político-ideológico, os emergentes censores de opinião, alguns institucionais, que voltaram à moda e prática, menos por sua “competência e arrogância”, mas muito mais pela omissão de muita gente boa (ironia!).
De todo modo, embora alguns periódicos dissabores textuais, ainda que não menos verdadeiros e correntes, prevalecem, entretanto, as colunas de opinião que irrigam tons e “cores”, semeiam bom-humor, beleza, otimismo e esperança.
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Logo, entre temas sisudos e descontraídos, afinados e desafinados, pretensiosos ou nem tanto assim, há abordagens tão variadas e inesgotáveis quantas são as hipóteses de combinação das ideias e das palavras.
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