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O que prevê o investimento da JTI em Santa Cruz do Sul

A Japan Tobacco International (JTI) anunciou ontem que irá investir R$ 75 milhões na planta de fabricação de cigarros de Santa Cruz do Sul. Com isso a unidade, inaugurada em setembro de 2018, passará a realizar todo o processo de produção de cigarros.

A ampliação envolve a instalação da linha de produção primária na unidade de Santa Cruz. Atualmente, essa etapa é feita na fábrica da JTI na Alemanha. A expectativa é de que a instalação de maquinário seja concluída e dez trabalhadores sejam contratados até o segundo semestre do ano que vem.

O diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flávio Goulart, explica que o investimento vai resultar em uma alteração significativa no processo de fabricação da empresa na unidade de Santa Cruz. “Com a chegada do processo primário, seremos a primeira operação da JTI a ter toda a cadeia do produto, desde a pesquisa até a venda ao consumidor. O primário era o elo que faltava na cadeia brasileira”, salientou Goulart.

A JTI já havia investido R$ 85 milhões para a instalação da cigarreira em setembro de 2018. Com o novo aporte de recursos, a operação da empresa em Santa Cruz estará avaliada em R$ 160 milhões. As grandes vantagens proporcionadas por esse investimento são a agilidade na produção de cigarros para atender às demandas internas e de exportação – a qual responde pela maior utilização do tabaco nacional – e a redução de custos de logística.

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“O investimento contribuirá não apenas para o apoio à agenda de negócios da empresa a longo prazo, mas também para o processo de recuperação da economia da região após este momento difícil que todos estão passando”, ressaltou o diretor de Assuntos Corporativos.

Goulart: recuperação da economia regional

Garantia de utilização do tabaco nacional

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Com a mudança no procedimento, a JTI passará a empregar tabaco nacional na quase totalidade da composição das duas marcas de cigarro que são fabricadas em Santa Cruz do Sul. Camel e Winston e as suas variações utilizam tabaco Virgínea, Burley e Oriental. “Apenas o tipo Oriental continuará sendo importado da Turquia, pois ele não é produzido no Brasil”, salienta Flávio Goulart.

Conforme a empresa, o processo a ser implementado consiste na etapa que converte as folhas dos diferentes tipos em variadas misturas de tabaco desfiado conforme receitas específicas para a posterior fabricação dos cigarros. A instalação da unidade primária da JTI ocorrerá em um dos pavilhões da fábrica de Santa Cruz do Sul. O processo vai envolver a umidificação do tabaco para manipulação e secagem para a produção final, ampliando determinadas partes e tostando outras.

Somente as maiores fábricas possuem primários completos que fornecem o tabaco desfiado preparado, misturado e processado, pronto para o processo secundário, que compreende a montagem e embalagem dos cigarros. “É quase como a instalação de uma nova unidade dentro da fábrica já existente. O maquinário que vai ser montado no local ocupa boa parte do pavilhão no qual será instalados”, revela o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação.

Com essa mudança, a JTI vai concentrar no Brasil toda a produção de cigarros, desde as atividades de pesquisa realizadas no Centro Mundial de Desenvolvimento Agronômico, Extensão e Treinamento (Adet), passando pelo trabalho de campo, processamento de tabaco e manufatura até a venda e distribuição do produto. Atualmente, a multinacional emprega 2 mil trabalhadores no País.

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