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O que o turista virá ver?

Empreendimentos de Santa Cruz do Sul e da região começam a colher bons resultados em uma área para a qual tanto se mobilizaram ao longo de anos, talvez até de décadas: o turismo, sempre (e com justiça) denominado de indústria sem chaminé, altamente sustentável e constantemente renovável. Pesquisa do fluxo turístico desenvolvida pelo Sebrae e pelo governo do Estado apontou Santa Cruz como o 10º colocado em volume de turistas e excursionistas totais em 2022, em todo o Rio Grande do Sul.

O que, convenhamos, não é pouco, considerando-se a aptidão e a já longa, ampla e arrojada divulgação que outros endereços do Estado fazem, em todas as mídias e por todas as formas, ao longo de tantos anos. Santa Cruz só mais recentemente tem feito um esforço intensivo, ou ostensivo, no sentido de se apresentar para o Brasil e para o mundo, e publicações perenes, como a Revista Santa Cruz do Sul (que, aliás, merecerá nova edição neste ano, já em de produção e pré-edição), da Gazeta, sem dúvida contribuem, e muito, para essa visibilidade. Em Santa Cruz há eventos do calendário anual que se projetam muito além da região, a exemplo da Oktoberfest, do Enart e das provas de automobilismo no Autódromo Internacional. E há, de modo crescente e evidente, uma efervescência na diversificação das atividades de comércio, serviços e cultura, nas mais variadas áreas.

A esse contexto agora se une a mobilização da Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), que espera ver concretizado o projeto de um Geoparque, nos moldes de outros já criados, credenciados na Unesco, órgão vinculado à ONU. Em busca desse diferencial, talvez a comunidade desde já devesse refletir sobre ações e atos em curso. Os turistas que já visitam Santa Cruz vêm atraídos por diferenciais, e o mesmo se dará com os que o Geoparque almeja alcançar; e Santa Cruz, hoje, é uma cidade única, diferente, talvez uma das raras em realidade de Brasil na qual a natureza é exuberante, e facilita o convívio em ruas, parques e praças arborizadas. Há um fascinante Túnel Verde, há um deslumbrante Cinturão Verde: é isso que atrai e fascina visitantes, e até os convence a se mudarem para cá. Mas… até quando isso estará na paisagem, ao ritmo de algumas atitudes que se testemunha?

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A seguir com o atual ritmo de derrubada indiscriminada de árvores, de depredação do meio ambiente, de podas e mutilações que têm sido feitos, com o beneplácito de organismos que deveriam zelar pela preservação e pela ampliação da reserva vegetal e não avalizar sua derrubada, talvez valha perguntar: Geoparque de que, exatamente, se pretende criar, se restará muito pouco do que ainda há? E o que se espera que o turista venha ver por aqui? Alguns arbustinhos nas calçadas, paredes de concreto e cimento por todo lado? É de questionar que turista (e também que morador) estaria interessado em tais… atrativos. Bom final de semana!

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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