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“O que nos consola é o apoio de todas as pessoas que conheciam Gabriel de verdade”, diz família de médico assassinado

Camiseta feita pelos familiares mostra Gabriel quando criança e depois na fase adulta

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul irá concluir nesta quarta-feira, 16, o inquérito do assassinato do médico santa-cruzense Gabriel Rossi, de 29 anos. O delegado Erasmo Cubas, que chefiou a equipe especializada da Seção de Investigações Gerais (SIG) do 1º Distrito Policial da cidade de Dourados, busca preencher as últimas lacunas da apuração, que identificou Bruna Nathália de Paiva, de 29 anos, como a mandante do crime, e Gustavo Kenedi Teixeira, 27; Keven Rangel Barbosa, 22; e Guilherme Augusto Santana, 34, como os executores.

Gabriel desapareceu em 27 de julho, e seu corpo foi descoberto na manhã de 3 de agosto, após uma vizinha sentir um forte odor vindo da casa onde ele foi assassinado, na Rua Clemente Rojas, no Bairro Vila Hilda. O cadáver estava em decomposição sobre uma cama, e apresentava sinais de tortura, com mãos e pés amarrados com fios de televisão e carregadores de celular.

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Segundo a polícia, a motivação foi uma dívida de R$ 500 mil que Bruna tinha com Gabriel, pois ambos participavam de um grupo especializado em aplicar golpes por meio de cartões de crédito clonados e saques de aposentadorias de pessoas já falecidas. Gabriel teria ameaçado denunciar o esquema se não recebesse o valor devido pela mulher, que decidiu então traçar um plano para assassiná-lo.

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A família do médico vem se mantendo reclusa desde que o fato aconteceu, mas nessa terça-feira, 15, quebrou o silêncio. Em manifestação por escrito à Gazeta do Sul, falou sobre o carinho e afeto que todos tinham em relação a Gabriel. “O que nos consola é o apoio de todas as pessoas que conheciam Gabriel de verdade, inclusive dos amigos de Dourados, que dividiram momentos mais próximos nos últimos anos e compartilham dos mesmos sentimentos e imagem que temos dele”, disseram os familiares na nota, optando por resguardar nomes.

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Os parentes da vítima também detalharam parte de como foi sua vida, desde criança. “O Gabriel é filho de mãe solteira e contou com apoio de toda a família e também de amigos, que acabaram se tornando família. Todo mundo sempre foi muito presente na vida dele e ele recebeu muito amor de todos em todos os momentos da vida.”

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A manifestação continua relembrando a infância de Gabriel. “Ele sempre foi muito dócil, curioso, amoroso, alegre e companheiro. Também, desde pequeno, foi incentivado ao estudo, iniciando cedo no Menor Aprendiz no Senac, no seu estudo inverso. Inclusive, mais tarde, trabalhou em empresas grandes reconhecidas na cidade. Ele sempre tinha muita oportunidade de emprego porque em todos os lugares que trabalhava, tinham interesse em seu trabalho, por ser muito dedicado, comprometido e querido por todos”, salientaram os familiares no texto.

“Era muito humilde e simples”

Segundo os parentes, Gabriel foi convidado para seguir carreira em uma das empresas de Santa Cruz do Sul, mas acabou optando por fazer o curso de Medicina. “Inicialmente, ficamos um pouco apreensivos porque ele estava indo bem na carreira, mas quando realmente tomou a decisão, recebeu apoio de todos os colegas de trabalho, amigos e familiares, emprestando livros e como podiam, em prol do sonho dele.”

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Os familiares ainda relembraram as dificuldades no cursinho para Medicina, enquanto trabalhava nos demais turnos para pagar as despesas. Após três anos bem difíceis, chegou o dia em que ele passou na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). “Foi uma realização e uma alegria sem tamanho para ele quando esse dia chegou. Ele sempre buscou auxílio de programas do governo para poder ajudar em alguns custos. Era muito humilde e simples.”

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A família também ajudou financeiramente durante o período, o que sempre foi reconhecido pelo santa-cruzense. “Inclusive, agora que ele havia se formado e ganhou o primeiro salário, conversou com a família que tinha o desejo de poder retribuir toda a ajuda que teve durante esses anos. Ele iria começar a ajudar um familiar que estava com problemas de saúde.”

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