A fuga em massa que movimentou o Presídio Regional de Santa Cruz na última sexta-feira foi a maior já registrada em casas prisionais do Rio Grande do Sul. Para evitar que novas investidas como essa aconteçam, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) está adotando algumas medidas.
Uma delas é a transferência dos presos recapturados e apenados considerados líderes pelos detentos a outras penitenciárias da região. Oito fugitivos encontrados e outros sete presos foram mandados à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva) ainda na sexta. Dionada Kolenesrg, Rudinei Soares e Maicon Schmidt seguem no Presídio Regional, mas estão em celas de isolamento. Outros 15 seguem foragidos.
A construção do muro lateral de cerca de 100 metro, área por onde os fugitivos escaparam, e de uma nova guarita, melhor posicionada, é outro ponto a ser resolvido. A obra, estimada em R$ 75 mil, já havia sido iniciada, mas a ideia é acelerar a conclusão. “Queremos antecipar. A ideia é concluir em dois meses”, explicou o delegado penitenciário regional, Bruno Carlos Pereira. Para isso, mais servidores da Susepe serão destinados a realizar o serviço, que conta ainda com mão de obra de apenados. “Queremos unir forças”.
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A Susepe e a Brigada Militar definiram ainda uma mudança no posicionamento dos policiais militares na vigilância. “Não vai aumentar o efetivo. Mas o brigadiano vai ficar o tempo todo na guarita da ponta, onde é o ponto frágil”. A chefia de segurança do Presídio Regional também será reforçada. A Corregedoria Geral do Sistema Penitenciário instaurou uma sindicância para apurar se houve facilitação da fuga por algum agente da Susepe. O prazo para conclusão é de 30 dias.
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