Em estágio mais avançado da vida, vem com mais frequência à cabeça a pergunta: o que realmente importa na vida? É o que se passa na mente novamente quando se chega a mais um ano de existência, como foi o meu caso no final da semana passada, e as respostas que se apresentam seguem na direção em que já tenho caminhado (literalmente) há algum tempo, e se confirmam em veracidade, eficácia e sentido.
Ninguém é dono da verdade, mas pode-se dizer com certa tranquilidade que tudo começa por cuidar sempre da saúde, o que, em especial nos homens, só se manifesta quando se apresentam problemas, fase em que, às vezes, já não se consegue os resultados esperados. Então, vale sempre a pena reforçar o alerta, que os médicos resumem em exames preventivos, exercícios físicos (não precisam ser exagerados), alimentação e consumos gerais equilibrados, e observar que a prática ratifica sua validade.
LEIA TAMBÉM: Saudosas emoções
Publicidade
O tão difícil equilíbrio, na verdade, precisa estar presente em todos os momentos, para que se possa enfrentar as situações difíceis e sempre presentes em nosso viver, na rotina diária, com menos estresse e ansiedade, males tão marcantes e crescentes na atualidade. Nesse sentido, tem-se revelado também muito relevante preservar a espiritualidade e religiosidade em nosso dia a dia, muitas vezes também esquecidas, pois trazem mais sentido à nossa vida e mais paz diante de nossas aflições.
Uma extensão dessa linha de pensamento e orientação apresenta-se no canto e na música, que sempre fazem parte nos seus ritos, para reprisar, por exemplo, que “importa viver unidos no amor”. O amor profundo, que antes concede do que pede, é certo que está na base de toda boa vivência, aprendendo sempre mais a gostar de si mesmo, dos outros e do ser maior que propicia tudo que está ao nosso alcance, com tolerância, humildade e gratidão.
LEIA TAMBÉM: Tudo começa no Posemuckel
Publicidade
Quando procurei me inspirar para escrever o mais recente livro (Peter & Lis, em homenagem aos imigrantes pioneiros), vieram à tona muitas canções, ditados, escritos alemães, que reforçam o papel do cantar, do orar, do viver em comunhão. Pois eles mostram-se essenciais em amenizar dores e gerar alegrias e conquistas, individuais e coletivas, ao lembrarem, pelo poeta Schiller, de “Freude, schoener Gotterfunken…” (A alegria, luz divina…), e por outros autores, que “Lustig ist es im grünen Wald (Alegre é no meio do mato verde, indicando nossa inexorável ligação com a natureza), e “Eine Hand wäscht die Andere” (Uma mão lava a outra).
Tantas outras expressões popularizadas na cultura dos imigrantes foi possível recuperar na publicação, para salientar o que a vida ensina ser importante em nossa curta existência nesta terra, de tal modo que, a cada noite, ao examinar os atos do dia e verificar que não fizemos mal a ninguém, mas ajudamos a construir uma sociedade melhor, possamos dormir serenos, sabendo que “Ein gutes Gewissen ist ein sanftes Ruhekissen” (Uma consciência tranquila é um travesseiro macio).
LEIA TAMBÉM: Na linha de frente
Publicidade
Assim sendo e agindo, mesmo como seres humanos falhos, mas que sabem reconhecer erros e se reconciliar, podemos avançar na idade com mais serenidade e menos vaidade. Até mesmo não há necessidade de esconder idade: vou aos 69 e, evitando conotações não convenientes, já penso em 96, como meta bem tangível numa época em que, com mais cuidados e recursos, a longevidade se estende. Esse ânimo cresce com tantos abraços e mensagens recebidas (até pelo moderno Whats, que não tenho, mas sou informado por intermediários), e procuro repartir entre todos, com a convicção de que é muito bom viver e, sobretudo, conviver.
LEIA MAIS TEXTOS DE BENNO KIST
Chegou a newsletter do Gaz! 🤩 Tudo que você precisa saber direto no seu e-mail. Conteúdo exclusivo e confiável sobre Santa Cruz e região. É gratuito. Inscreva-se agora no link » cutt.ly/newsletter-do-Gaz 💙
Publicidade
This website uses cookies.