Colunistas

O que ficou do Mundial

O preclaro jornalista Romeu Neumann se adiantou a mim e publicou uma excelente coluna dia 19 de dezembro, na Gazeta do Sul. Maurício Goulart também, com muita argúcia, na terça-feira.
Agora, seguindo seus passos, vou me permitir algumas considerações. Os esportes são algo muito diferente uns dos outros, mas o que será necessário sempre é o cumprimento da ética. Dou, por todos, os exemplos do tênis e suas regras. Na dúvida em um lance, decida contra você. Eu disse contra você.

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Penso que no futebol é importante que, a par dos treinamentos, haja noções mínimas de civilidade.
Há pessoas que brincam muito, mas não concordo com a assertiva de que a maioria dos jogadores de futebol vieram na favela, mas a favela não saiu deles. Não é assim, pois os mal comportados se sobressaem e aparecem. E isso resulta em falsa opinião. Neste mundial houve muito bom comportamento. Todos vimos. O grande exemplo foi a final.

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Que maravilha, poucas faltas, cavalheiros se digladiando no gramado. Via de regra jogou-se com muita força, mas é do jogo. Também achei que foram muito corretas as arbitragens. No que tange aos cabelos pintados de branco e às dancinhas, é coisa normal, assim como as pinturas corporais. Todas essas coisas são uma característica dos povos que vivem em climas quentes. A muitos pode parecer deboche. Algo que me fez espécie foram duas coisas lamentáveis. Alguns atletas não cantaram seus hinos e outros ficaram naquela postura absurda de mascar chicletes. Dizem que fazem isso para evitar o vômito…

Também houve casos em que alguns atletas fizeram pouco das medalhas que receberam. Isso é muito lamentável. Sempre achei que alguns raros, conquanto joguem bem, se excedem com “luxos” que não são exemplos para ninguém. Muito já se viu o atleta se tornar pobre tempos depois de parar.
Outra coisa. Quase todos os atletas do mundo sabem falar inglês.

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Os atletas brasileiros quase não dominam o idioma. São, em sua maioria, monoglotas. Quanto ao jogo oferecido pelo nosso time, continua sendo muito lento por vezes. É bola para o lado e para trás. O nosso Tite é boa gente, mas creio que cometeu muitas faltas. A pior foi mandar um menino inexperiente para cobrar um pênalti.

Parabéns a todos os demais atletas do mundo. A final entre dois times mostrou muita educação, cortesia, “fair play”, coisa que o Brasil está aprendendo a ter. No final, vimos os atletas se cumprimentando com os adversários. Pouco depois os filhos de vários jogadores se abraçando. Parabéns, atletas da Argentina e da França.

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Guilherme Bica

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