Estudos comprovam que o uso abusivo do celular e de aparelhos tecnológicos vem desencadeando um transtorno psicológico, chamado de nomofobia. O termo (uma abreviação, do inglês, para no-mobile phobia) foi criado no Reino Unido para descrever a angústia de estar sem o telefone celular ou aparelhos eletrônicos disponíveis.
O transtorno faz com que a pessoa fique dependente do aparelho e não se dedique às atividades cotidianas sem estar com o aparelho em mãos. A condição é motivo de preocupação. Em entrevista à Rádio Gazeta 107,9 FM, a psicóloga Juliana Rosa, explicou que tudo o que se utiliza em excesso ou sem limites pode acarretar em algum problema.
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Ela destacou que uma das preocupações na atualidade é o aprendizado das crianças e adolescentes. Segundo a profissional, o celular foi inserido em salas de aulas como ferramenta de pesquisa devido, principalmente, à pandemia. “Os alunos estudavam através dos celulares e se continuou esse uso. É uma preocupação de saúde pública e o momento é propício para se pensar e repensar em como estão sendo executadas essas atividades para que não se use em excesso o celular”.
Juliana salienta que crianças e adolescentes já estão quase que 100% conectados nas próprias casas e o acesso a esses meios tecnológicos na escola pode deixá-los ainda mais dependentes dos recursos.
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A nomofobia compreende o fato de a pessoa não conseguir desligar o telefone. Um exemplo são as reuniões ou o próprio ambiente de trabalho. “A pessoa acaba se distraindo e não mantendo a atenção plena no trabalho, na escola e nas atividades diárias”. Outros pontos destacados por Juliana são:
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A nomofobia é uma dependência como um vício de qualquer outra ordem. Conforme Juliana, o transtorno é considerado somente nos países industrializados – nos que não são, ainda não existe. “Precisamos nos reeducar para que o uso do celular nos traga benefícios e não malefícios para a saúde. As redes sociais nos conectam a pessoas distantes, mas acabam nos distanciando de pessoas próximas. Isso pode causar um adoecimento emocional que pode desencadear uma depressão ou um transtorno de ansiedade generalizada”, reflete.
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A dica da profissional é fazer um cronograma de horários e se autocontrolar. “Pela preservação da saúde mental, precisamos criar dispositivos para se reeducar”, ressalta.
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